Jorginho mira títulos, diz que Vasco é diferente e pede que abracem a causa

Novo treinador volta ao clube um ano e meio depois mais experiente e com expectativa de conquistas. Ele quer o clube unido e comemora a intertemporada para arrumar a casa

Jorginho é o novo técnico do Vasco
Jorginho foi apresentado nesta quinta junto com o coordenador técnico PC Gusmão (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)

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Um ano e meio depois da demissão no Vasco, Jorginho está de volta. O treinador foi a primeira opção da diretoria vascaína após a saída de Zé Ricardo, que entregou o cargo depois de uma série de maus resultados. Velho conhecido da torcida, o treinador de 53 anos chega mais experiente - e mais ambicioso para sua segunda passagem como comandante do Cruz-Maltino.

- Expectativa é de que com certeza seja melhor do que a primeira. Tinha esperanças e ambições maiores do que aquelas. Espero que nesse ano consiga conquistar títulos - afirma Jorginho, que garante ter amadurecido.

- Trabalhando ou parado, vamos amadurecendo, crescendo em conceitos, buscando treinamentos. Converso com outros treinadores e os debates são constantes. A experiência que a gente recebe, acabamos crescendo na profissão. E com toda a bagagem que já tenho de ser alguém da casa, com uma história bonita. Acredito que posso dar mais como treinador.  Fico feliz pela conquista em 2016, com a invencibilidade. Mas dessa vez vamos pensar muito maior.

Se naquela época o clube passava por questões delicadas dentro de campo, dessa vez o desempenho é melhor. Mas, nos bastidores, o clima continua tenso com disputas políticas e mudanças na diretoria. Jorginho não teme e sabe o que fazer para contornar a situação.

- Estamos acostumados com situações assim. Não vou trabalhar sozinho, Valdir deu uma boa demonstração de como armar uma equipe. É muito importante ouvir ele, como está a temperatura, como jogadores estão sentindo. Meu trabalho começará mesmo na intertemporada. Vamos ter o jogo sábado já, vamos montar uma estratégia para vencer que é fundamental.

SAÍDA POLÊMICA DO CEARÁ?

Não demorou um dia para que Jorginho pedisse demissão do Ceará ao ver que o cargo no Vasco estava vago. A notícia, na hora, levantou hipóteses. Mas o treinador garante que não tem relação alguma. Ele explica os bastidores da saída de Fortaleza e a chegada ao Rio.

- Essa decisão é pessoal. Precisava estar no Rio de Janeiro. Não é fácil, foi bem curto. Ao terminar o jogo pelo Ceará, chamei a diretoria, conversamos e foi muito interessante a forma como ele colocou. É normal os clubes mandarem embora. Ele compreendeu quando eu pedi. Quando rescindi o contrato, ainda em Fortaleza, recebi a ligação. Não quis atender. Eles conhecem meu caráter e índole. Deixei claro que não era um pedido para fechar com o Vasco. A ligação veio do PC Gusmão enquanto eu almoçava. Depois conversei com o Campello e acertei os termos - explicou Jorginho.

Mesmo já assumindo o Vasco no próximo jogo, Jorginho ainda conversará com Alexandre Campello para discutir os termos do contrato. O tempo de vínculo só será fechado durante a intertemporada, na parada da Copa do Mundo.

Você fez bons trabalhos recentemente e também teve alguns abaixo do esperado. O que você traz de bom para comandar o Vasco a partir de agora?
No Vasco, é totalmente diferente. O Vasco é grande. Uma das coisas que me marcaram aqui como atleta e treinador, é a força dessa torcida. É um momento fundamental, precisamos abraçar. Alguns estádios lotados, aeroportos. Essa é a força do Gigante da Colina. Nós podemos ter um elenco não muito caro, mas que abrace uma causa. Alguns jogadores questionados estavam dando a volta por cima ontem (contra o Cruzeiro) e quero esse espírito.

O trabalho de Zé Ricardo, apesar dos resultados recentes, era bom. Quais as diferenças da sua metodologia para a do antigo treinador?

- É uma característica diferente. O Zé tem uma forma de jogar. Eu sou muito de diálogo, é importante ouvir o atleta, como ele se sente na função. Dentro dessa pesquisa, a gente chega a uma conclusão de como a gente pode. Nós teremos uma parada que será fundamental para trabalhar e implantar uma filosofia de jogo. O Vasco é esse time de raça, de garra, isso não pode faltar. Um time que luta, que briga o tempo todo, tem que permanecer

Você conhece bem alguns jogadores do elenco. Chegou a dar seus primeiros passos no jogo de ontem, já que estava no Mineirão?
- Fiz questão de falar com Valdir, é um amigo, um irmão. Não tive nenhuma interferência ontem. Ele está muito bem estudado, tinha montado uma estratégia. O resultado foi importante, por pouco não vencemos. Conheço muito bem o elenco, os jogadores que estão aqui. Até mesmo ontem vi a entrevista do Andrey, eu subi esse jogador ao profissional. Conheço muito bem os garotos da base e o quanto o Vasco é forte nisso. A gente sabe que alguns jogadores levam um tempo maior para se sentir bem. Está sendo uma experiência maravilhosa para eles. Em relação a reforços, tem que ser bem pontuais para que não inchem o elenco sem qualidade

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