Hélio dos Anjos diz que não ‘ofendeu ninguém’ e explica acusação de racismo em jogo contra o Vasco

Treinador da Ponte Preta diz que Zé Ricardo explicou sobre os latidos de apoio ao volante Yuri Lara vindos da arquibancada: 'Para mim, é fim de papo', disse ao LANCE!

Hélio dos Anjos - Ponte Preta
Hélio dos Anjos, da Ponte Preta, fala sobre acusação de racismo no duelo com o Vasco  (Diego Almeida/PontePress)

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A vitória do Vasco sobre a Ponte Preta por 1 a 0, em São Januário, foi marcada por uma polêmica. Aos 39 do segundo tempo, o técnico Hélio dos Anjos e o  volante da equipe paulista Ramon Carvalho comentaram com o árbitro Rodolpho Toski Marques, do Paraná, sobre "sons de macaco" vindos da torcida vascaína. Em conversa com o LANCE!, treinador afirmou que Zé Ricardo e Gabriel Dias explicaram que eram latidos em apoio ao atleta Yuri Lara e que o assunto está encerrado. 

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- No momento do jogo, o meu jogador me procurou por causa do barulho, do som que estava sendo cantado, passando que se sentia ofendido. O que eu tive que fazer: procurei a representação da CBF, do jogo, do quarto árbitro. Ele procurou o juiz, que veio conversar com a gente. Neste momento, o Zé Ricardo e o lateral-direito do Vasco (Gabriel Dias) procurou a gente no meio de todo tumulto do jogo e falou: "esse é um cântico para um jogador". E o assunto ali morreu para mim - explicou o treinador da Ponte Preta, e emendou:

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- Eu acredito muito no Zé Ricardo, mas eu levei ao conhecimento dos dirigentes do jogo. Ali, também não tenho como saber se aconteceu ou não. E, acreditando no Zé Ricardo, para mim o assunto morreu. Tanto que eu dei entrevista ontem sobre o episódio, que para mim tinha morrido ali. Para mim, é fim de papo. Não ofendi ninguém, clube, nada. A repercussão existe naturalmente e eu sei porquê. Mas faz parte - completou.

Na súmula, o árbitro explicou o caso, que ocorreu após um desarme de Yuri Lara à beira do campo. Com isso, a comissão de arbitragem afirmou não ter ouvido "sons de macacos" vindos da arquibanca aos 39 minutos do segundo tempo. 

- Aos 39 minutos do segundo tempo, com o jogo paralisado, o atleta de número 40, senhor Ramon Rodrigo de Carvalho, e o técnico, senhor Hélio Cézar Pinto dos Anjos, ambos da equipe Ponte Preta, informaram ao árbitro que ouviram sons de macaco vindos da torcida do Vasco da Gama. Esses sons não foram ouvidos pela equipe de arbitragem e nem pelo delegado da partida - relatou o árbitro na súmula.

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No fim da manhã desta quinta, o Vasco emitiu uma nota e afirmou que as ofensas racistas da torcida são 'algo sem fundamento algum' No texto, o clube carioca também explicou que o episódio se baseou 'equivocadamente num canto criado pela torcida para homenagear o volante Yuri Lara'.

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