Fernando Diniz, técnico do Vasco, abre o jogo sobre revolta de Vegetti: 'Não tinha sentido'
Atacante argentino atirou chuteira e chutou copo ao ser substituído

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Após expulsão de Hugo Moura, quando o Vasco perdia para o Atlético-MG por 1 a 0, Fernando Diniz substituiu o atacante Pablo Vegetti para recompor a equipe, mas o argentino saiu irritado, chutou copos, proferiu xingamentos e arremessou a chuteira no banco de reservas. Na entrevista coletiva que sucedeu à derrota por 5 a 0 na Arena MRV, neste domingo (7), o treinador esclareceu que já se resolveu com o "Pirata" vascaíno.
— Não aconteceu nada, ele pode ter ficado nervoso por ter saído, por ter tido jogador expulso. Tem alguns motivos. Já conversei com ele e está tudo resolvido, não tem nada. Ele era opção para sair. Nesse jogo não tinha muito sentido deixar ele. É um jogador que é uma opção clara de entrar ou de jogar na Copa do Brasil. Eu não ia expor o Vegetti nesse jogo, com um jogador a menos, onde a gente ia precisar recuar o time, marcar muito e explorar a velocidade. Não tinha muito sentido, essa era a minha visão. E ele entendeu isso perfeitamente — detalhou.
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O técnico cruz-maltino poupou os titulares na última rodada do Brasileirão: sete dos 11 que iniciaram o duelo anterior nem foram relacionados. O motivo foi a priorização da Copa do Brasil, com a disputa da partida de ida da semifinal na quinta-feira (11).
— É difícil falar de uma partida depois de um 5 a 0. Com 19 minutos de jogo, estávamos perdendo por 1 a 0 e com um a menos. Não era a maioria reserva, eram todos os jogadores reservas. Até o goleiro. Se o Sub-20 não estivesse de férias, nem traria os reservas. O Galo tem uma vocação ofensiva grande. Poderíamos ter feito um trabalho melhor no segundo tempo, principalmente na marcação. Ficou um jogo parecido com o Del Valle (4 a 0 no Equador) — analisou Diniz.
Apesar da goleada, o Vasco cumpriu o objetivo de classificação continental com a 14ª colocação no Brasileirão. Se vencer a Copa do Brasil, jogará a Libertadores em 2026. Caso contrário, disputará a próxima edição da Copa Sul-Americana.

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Demais respostas de Fernando Diniz
Indignação com a goleada
— Eu concordo que é uma derrota que não pode acontecer, isso fica para a história. Todo mundo triste, todo mundo decepcionado, a gente tinha que ter feito um trabalho melhor. O que fica? Fica que a gente tem que aprender, como a gente aprendeu na Venezuela. A gente aprendeu na Venezuela e depois melhorou no campeonato. Então fica a dor da derrota. Temos que aprender com a dor. É uma derrota que não podemos admitir. Nem por 1 a 0, muito menor por 5 a 0. Isso é uma coisa que eu carrego. Ultimato para mim é todo dia, eu não trabalho me protegendo do futuro. Eu me arrisco, eu me decido.
Sistema defensivo falho contra o Galo
— Foi uma marcação coletiva muito falha. Não dá para avaliar um jogador só por hoje. O que fica para o jogo é que, independentemente do que aconteça em campo, temos que representar a camisa do Vasco e nos empenhar. Respeito máximo. Se é um jogo amistoso, treino, final de campeonato... Temos que nos empenhar do primeiro ao último minuto.
Continuidade no Vasco e 'pior derrota da carreira'
— Já falei mais de uma vez: eu gosto do torcedor do Vasco, confio muito, gosto do Vasco, gosto do Pedrinho, continua tudo isso. O que aconteceu hoje é que tem que afetar, temos que pegar e ter mais vontade de fazer as coisas. Essa derrota não pode passar inocentemente por ninguém. Minha parte já estou fazendo, estou indignado com o 5 a 0. Completamente indignado. Talvez tenha sido a maior derrota da minha carreira também. Não estou nem um pouco feliz, pelo contrário. E essa indignação os jogadores têm que ter, isso que eu quero, indignação. Se você está indignado, eu concordo. Mas sobre as outras coisas que você vai acrescentando para colocar mais fogo na fogueira, isso não tem necessidade.
Relação com torcida do Vasco
— Eu não acho que você fala pela torcida. O que eu tenho de resposta da torcida do Vasco é sempre contraditória àquilo que você traz para a entrevista. Não acredito que você é um cara fiel à torcida majoritária. Eu não percebo isso. Eu não acompanho rede social, não saio na rua. A gente encontra as pessoas, algumas coisas chegam para a gente. A visão que você traz ela é uma coisa que não representa o torcedor, não vejo você representar o torcedor do Vasco, muito pelo contrário.
Decisão de poupar contra o Atlético-MG
— Não é abandonar, é priorizar. Não é abandonar. (Fizemos) assim como o Cruzeiro fez, como o Corinthians deve ter feito. Não foi abandonar. O jogo foi 5 a 0 e não foi uma condição natural do jogo, foi com um jogador a menos desde os 19 minutos do primeiro tempo. Se a gente joga com o time do jeito que estava quando tomou o primeiro gol, o jogo estava mais ou menos equilibrado, o Atlético estava um pouco melhor que a gente. Ninguém abandonou o jogo.
Escolha também teve influência do gramado sintético
— Ninguém largou a (vaga na) Sul-Americana. Ninguém abandonou. A gente veio aqui para tentar ganhar o jogo. Esse time que a gente jogou tem um monte de jogador que foi titular comigo, então não era um time frágil. Não é o time titular, mas não era um abandono. Era mais uma oportunidade de ver esses jogadores jogar. Era uma decisão inteligente de não expor os jogadores no gramado sintético.
Escalação alternativa do Vasco quis evitar lesões
— Você acha que os jogadores que viriam jogar estariam com a cabeça totalmente aqui tendo a Copa do Brasil para jogar na quinta-feira? Se a gente vem aqui e perde, esse é o problema. Se a gente traz o jogador aqui e perde de 1 a 0, vocês estariam fazendo outro tipo de questionamento. Por que não poupou os jogadores? Por que expôs? Se a gente traz o Rayan e machuca o Rayan? Traz o Léo Jardim e machuca o Léo Jardim. Vocês só questionam depois do acontecido. Aí fica fácil, vocês devem achar que isso é justo, mas não é justo. Ninguém abandonou nada, a gente trouxe um time extremamente competitivo para enfrentar o Atlético-MG aqui.
Comparação com outro semifinalista da Copa do Brasil
— Hoje o Cruzeiro botou o time reserva na Vila Belmiro, jogou 11 contra 11 e perdeu de 3 a 0. São opções que a gente tem. O time está classificado, a chance da gente ficar fora da Sul-Americana não era muito grande. Quando a gente colocou todas essas coisas que eu estou te enumerando, a gente achou melhor poupar os jogadores. E não é abandonar. É trazer esse time e acreditar que esse time poderia empatar ou vencer o Atlético. Esse foi o plano que a gente teve e todo mundo participou desse plano
Os gols do Galo
— Aí o jogo estava 1 a 0 para o Atlético, num gol de bola parada, em que a nossa linha demorou para sair, era para o jogador ficar impedido e ficou um jogador lá que deu condição. Eles tinham chegado um pouco mais que a gente, a gente também tinha chegado. O jogo ia acontecer dentro de uma normalidade com as duas equipes num jogo muito mais equilibrado do que foi. A narrativa é como se a expulsão não tivesse acontecido. Como se, na Venezuela, quando perdemos de 4 a 0, não tivesse altitude nem expulsão com 10 minutos de jogo.
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