Eleição do Vasco: relatora suspende anulação e manda ação para juíza ‘da urna 7’, que decidirá o que será feito

No fim da tarde desta quarta, desembargadora Márcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível TJRJ, entende conexão e manda caso para juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves decidir

A urna 7 é a responsável pela polêmica. Com ela, Eurico ganha. Sem ela, quem ganha é Brant. Veja galeria a seguir
J RICARDO / AGENCIA FREELANCER

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A eleição do Vasco ganhou novo capítulo no fim da tarde desta quarta-feira. Desembargadora relatora Márcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), deu uma decisão em conjunto e suspendeu provisoriamente a liminar, então proferida pela juíza Glória Heloíza Lima da Silva, da 28ª Vara Cível TJRJ, que anulava toda a última eleição do clube. A relatora entendeu conexão do caso com a ação que anulou a urna 7 no início deste ano, determinando a transferência da decisão para a juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, que terá de se pronunciar se anulará ou não a eleição toda e em quais condições.

A expectativa é a de que a ação do advogado Alan Belaciano, com o pedido de liminar, chegue ao gabinete da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cível TJRJ, nesta quinta-feira. Ela receberá os autos do processo do advogado ligado ao grupo "Sempre Vasco", do conselheiro Julio Brant, e como há pedido de liminar, a tendência é que se pronuncie rapidamente, provavelmente no início da próxima semana por ser feriado na sexta-feira. A magistrada, que reconheceu fraudes na urna 7, terá que analisar as provas juntadas pelo autor da ação, como o inquérito finalizado pela Delegacia de Defraudações, para decidir o que será feito.

> Confira a seguir a íntegra da decisão da desembargadora relatora!

Ou seja: hoje, volta tudo como era antes da liminar proferida no fim de setembro. Alexandre Campello segue presidente da Diretoria Administrativa, a nova eleição do Vasco em dezembro está cancelada, sócios inaptos decididos liminarmente voltam a aptidão, rito eleitoral cancelado e o empréstimo, dito ultimamente por membros da atual gestão como argumento contra a decisão liminar que deixara o clube em "colapsto financeiro", pode ser feito por não poder ser cancelado, já que também foi suspensa a decisão de que os atos praticados pela atual gestão poderiam ser revistos pelo possível novo pleito.

Apenas depois da decisão da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves se anulará ou não a eleição do Vasco em um todo que os três recursos - do próprio clube, do conselheiro José Manuel Blanco Pereira e do benemérito João Carlos Nóbrega de Almeida - serão apreciados, no mérito, pela desembargadora relatora Márcia Ferreira Alvarenga. As duas trabalham juntas no caso da eleição do Vasco desde 2017, sendo a juíza em primeira instância e a desembargadora em segunda. Já estão há par de todo o caso por terem participado ativamente da ação da urna 7. Vale lembrar que até hoje, a anulação dos votos computados na polêmica urna 7 está vigente por meio de liminar, com o mérito ainda a ser julgado na 52ª Vara Cível e pelo colegiado da 17ª Câmara.

Também na decisão desta quarta-feira, a desembargadora relatora Márcia Ferreira Alvarenga também analisou um pedido à parte feito no recurso do benemérito João Nóbrega, em que desejava que a distribuição em segunda instância fosse transferida para a 12ª Câmara Cível, a que invalidou o HD como prova na área cível, o que foi prontamente rechaçada pela magistrada: "no que tange ao pedido de distribuição do feito para a 12ª Câmara Cível deste E. Tribunal, tal requerimento deve ser prontamente rechaçado, tendo em vista que esta Corte já decidiu sobre tal ponto, nos autos do agravo de instrumento sob o nº 0070995-43.2017.8.19.0000".

O LANCE! procurou os envolvidos para pronunciamento após a decisão da desembargadora relatora Márcia Ferreira Alvarenga. A "Sempre Vasco", em nota afirmou "confiar, como tem sido desde o início, na Justiça e no TJRJ". O Vasco, por meio da assessoria de imprensa, ainda não respondeu aos contatos da reportagem. O benemérito João Nóbrega não foi encontrado até a publicação desta matéria. O conselheiro José Blanco Pereira, por meio do advogado Dominique Guerra, que o defende no caso ao lado do advogado Rogério Serrano, afirmou que "a decisão foi técnica, perfeita no juízo processual, pela existência clara de conexão entre os casos", e que aguarda o desenrolar do julgamento.

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