Dono do Bahia, Grupo City quase comprou o Vasco; entenda por que a 777 Partners foi a escolhida

Clubes vão se enfrentar na próxima segunda-feira, em São Januário. Ambos são SAF, nova realidade do futebol brasileiro

Josh Wander e Luiz Mello - Vasco
Sócio da 777 Partners, Josh Wander esteve no Maracanã no empate do Vasco com o Palmeiras (Divulgação) 

Escrito por

A SAF já é uma realidade no futebol brasileiro. Na Série A, seis clubes já adotaram esse modelo, com dois deles se enfrentando na segunda-feira, em São Januário. Trata-se de Vasco e Bahia, geridos por 777 Partners e Grupo City, respectivamente. No entanto a história poderia ser diferente.

+ Todos os jogos do Brasileirão você encontra no Prime Video. Assine já e acompanhe o seu time do coração


O LANCE! apurou que antes de acertar com a 777 Partners, o Vasco negociou com o Grupo City e esteve perto de fechar, mas as partes não chegaram a um acordo sobre um aporte imediato para o pagamento de dívidas urgentes. Isso aconteceu com o empréstimo-ponte de R$ 70 milhões feito pela empresa de Josh Wander antes da votação que sacramentou a venda de 70% das ações da SAF vascaína.

+ CEO do Vasco rebate o Fluminense, critica o Governo e revela que quer jogar contra o Santos no Maracanã

A mentalidade do negócio apresentado pelo Grupo City também era diferente. O projeto era transformar o Vasco em uma espécie de celeiro, para formar e vender jogadores. Com a 777 Partners, o Cruz-Maltino é o "flagship" na América do Sul, no caso o protagonista do grupo no continente, com a ambição de ser um dos maiores do Brasil. No contrato firmado, o orçamento do Palmeiras foi usado como parâmetro de investimento, como foi informado pelo LANCE! na semana passada.

Don Dransfield, CEO da 777 Football Group, braço esportivo da 777 Partners, e que esteve recentemente no Brasil com Josh Wander, era chefe de estratégia do Grupo City. Ele chegou a participar da negociação para a compra da SAF do Vasco quando trabalhava com os gestores do Bahia.

+ Confira a tabela e a classificação do Campeonato Brasileiro

O Grupo City conta com 13 clubes: Bahia, Manchester City (Inglaterra), New York City (Estados Unidos), Melbourne City (Austrália), Mumbai City FC (Índia), Lommel SK (Bélgica), ESTAC Troyes, (França), Montevideo City Torque (Uruguai), Yokohama Marinos (Japão), Girona (Espanha), Sichuan Jiniu (China), Palermo (Itália) e Bolívar (Bolívia).

Já a 777 Partners possui seis clubes sob a sua gestão: Vasco, Genoa (Itália), Standard Liège (Bélgica), Red Star FC (França), Hertha Berlin (Alemanha) e Melbourne Victory (Austrália). A ideia é adquirir mais quatro clubes.

Gastos na última janela de transferências

Com o alto investimento vindo do exterior, Vasco e Bahia estão no pódio dos clubes que mais investiram em contratações. De acordo com o levantamento da Pluri Consultoria, em parceria com o LANCE!, o Cruz-Maltino gastou 19,3 milhões de euros (R$ 107,6 milhões na cotação atual), enquanto o Esquadrão de Aço usou 16,3 milhões de euros (R$ 90,9 milhões na cotação atual).

PROPOSTAS

777 Partners

- compra de 70% das ações da SAF do Vasco por R$ 1,4 bilhão

- pagamento de até R$ 700 milhões em dívidas

- aporte parcelado de R$ 700 milhões até 2025

- construção de CTs de ponta para o futebol profissional e de base

- orçamento compatível com o do Palmeiras até 2026 (cerca de R$ 250 milhões por ano)

- Distribuição de dividendos a partir de 2027 sob a condição de títulos. Caso contrário precisa estar entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro

+ Vasco pode ter aporte antecipado pela 777 Partners e investimento bilionário até 2026


Grupo City

- compra de 90% das ações SAF do Bahia por R$ 1 bilhão

- Investimento feito ao longo de 15 anos

- Mínimo de R$ 500 milhões na compra de jogadores

- R$ 300 milhões em pagamento de dívidas

- R$ 200 milhões em infraestrutura, categorias de base e despesas em geral

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter