Campello racha com Brant e deixa eleição do Vasco indefinida

Então candidato à vice-presidente de Julio Brant, Alexandre Campello anuncia saída. Cenário é comemorado por grupo de situação de Eurico Miranda. Não há mais favorito

Julio Brant comemorando vitória na eleição do Conselho Deliberativo desconsiderando a urna 7. Confira galeria LANCE!
David Nascimento/LANCE!Press

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A eleição do Vasco ganhou capítulos hollywoodianos a menos de 24h de sua realização. Minutos após a derrota do Cruz-Maltino para o Bangu na estreia no Campeonato Carioca na noite desta quinta-feira, Alexandre Campello, por meio de seu Facebook, publicou um vídeo de racha a Julio Brant. Até então os dois formavam a mesma chapa para o pleito presidencial do clube nesta sexta-feira, com Brant como candidato à presidência e Campello como vice. Isso muda o cenário eleitoral e deixa a eleição indefinida, já que os 120 conselheiros eleitos que se transformariam em votos não são mais em sua totalidade ao Brant. Não há mais favorito para ocupar o cargo no triênio 2018-2020.

> Confira a seguir a íntegra da declaração de Alexandre Campello:

"A Frente Vasco Livre surgiu a partir de um desejo de unificar a oposição do Vasco. De trazer para o Vasco uma renovação, ou seja, vencer o Eurico na eleição do dia 7 de novembro. A partir disso, sete grupos se uniram formando a chapa Frente Vasco Livre. Durante o processo eleitoral, observamos que tinha um desejo muito grande do vascaíno que fosse feito uma união mais ampla.

Então tínhamos de um lado a FVL, com sete grupos, de outro lado a Sempre Vasco, de Julio Brant, e o vascaíno entendia que, de maneira isolada, esses grupos não seriam capazes de vencer a eleição. Surgiu daí uma vontade muito forte das necessidade da união desses grupos para que a vitória acontecesse no dia 7. Pensando nesse desejo de vitória, resolvemos unificar as duas frentes para que a vitória fosse possível.

É importante frisar que essa união foi feita de várias conversas, fruto de uma conversa longa, de várias reuniões onde foram tratadas de que maneira se daria essa reunião. Basicamente a gente queria assegurar a possibilidade de participar desse processo, de ter transparência, de levar uma gestão moderna para o Vasco, de trazer o sócio torcedor de volta ao clube. Então decidimos fazer uma gestão compartilhada, uma gestão em que houvesse paridade entre os grupos, que as decisões fossem tomadas a partir de discussão dos grupos e houvesse um comitê gestor capaz de tomar essas decisões.

Nunca essa conversa se deu em torno de cargos, mas sim da forma como o Vasco deveria ser administrado. A partir do êxito no dia 7, a partir do momento que vencemos no dia 7, esse processo de conversas cessou. A sempre vasco começou a tomar uma série de atitudes, a fazer reuniões, buscar soluções no mercado sem a menor participação da FVL.

Nós insistíamos que deveria existir reuniões para a gente pensar no Vasco, como deveríamos nos comportar a partir do momento em que a gente assumisse a direção e essas reuniões foram sempre sendo postergadas. Nós fomos ter a primeira reunião com a Sempre Vasco no dia 8 de janeiro, mais de dois meses depois da eleição.

E uma reunião nada conclusiva, onde aquilo que era tratado, foi modificado, o que era antes certeza, passou se dúvida. Nós tínhamos notícias do mercado que vários acordos vinham sendo feitos, sem que a gente tivesse conhecimento, sem que nós tivéssemos a menor participação nesse processo. O sentimento é de traição, claro. Tivemos um projeto, lutamos por isso, tivemos a dignidade de sentar, conversar, expor as ideias, compramos o ideal e lutamos pela vitória no dia 7.

E a partir daí a gente passou a não servir mais. Esse grupo se fechava em 4, 5 elementos da Sempre Vasco e nós ficamos longe do processo. Em momento algum reivindicamos cargos, o que nós reivindicamos é participação no projeto de gestão. Um processo em que se brigava por transparência começou de aneira nebulosa, sem transparência, sem que pudéssemos tomar atitude.

Alguns grupos se reuniram e decidiram por não participar de cargos executivos, só cargos eletivos. São Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e a presidência administrativa do clube. Quero declarar aos vascaínos que eu não serei vice-presidente da da diretoria administrativa, mas quero garantir que o propósito de trazer a transformação e mudança para o clube está mantido. Em hipótese alguma retrocederemos nesse princípio e nesse ideal"

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