ANÁLISE: Previsível, Vasco precisa se reinventar para voltar a vencer no Brasileiro

Sem variações táticas, Cruz-Maltino está manjado e chegou ao seu terceiro jogo sem apresentar um bom futebol

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Barbieri será obrigado a fazer ao menos uma mudança no Vasco; Figueiredo aparece como opção. (Daniel Ramalho/Vasco)

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O empate com o Coritiba precisa ligar o sinal de alerta no Vasco. Não pelo resultado em si, já que o jogo foi disputado no Couto Pereira, o que aumenta a dificuldade do confronto, mas sim pela atuação da equipe, que mais uma vez não deu orgulho ao seu torcedor.

O Vasco demonstrou extrema dificuldade em criar chances de gol, triste rotina que acompanha o time durante toda a temporada, principalmente diante de adversários que jogam fechados. Sem criatividade e com um esquema tático manjado, o Cruz-Maltino abusou das ligações diretas, muito pouco para uma equipe que está tendo tempo de sobra para se preparar para as partidas.

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Eliminado da Copa do Brasil e do Campeonato Carioca em março, o Vasco teve quase um mês de treinamentos para o início do Campeonato Brasileiro. A vitória no Mineirão sobre o Atlético-MG encheu os torcedores de esperança, sentimento reforçado após o empate com o Palmeiras, quando o time teve uma atuação convincente e intensa.

Só que as qualidades apresentadas nas duas primeiras rodadas não foram vistas na derrota para o Bahia e nos empates com o Fluminense e Coritiba. A queda brusca de rendimento impressiona bastante, tendo em vista que tirando o jogo contra o Coxa, o Vasco teve tempo para descansar, recuperar e principalmente treinar, enquanto os adversários tricolores jogaram no meio de semana e mesmo assim foram superiores em campo.

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A explicação, talvez, para isso possa estar na previsibilidade do Vasco. Maurício Barbieri monta a estratégia baseada no adversário, porém o esquema tático é basicamente o mesmo. Linha defensiva com quatro jogadores, três volantes e três atacantes. A única variação apresentada, não na formação, mas sim na escalação, foi contra o Bahia, quando Marlon Gomes entrou no lugar de Rodrigo.

Fora isso, o time sempre foi o mesmo. Léo Jardim; Puma Rodríguez, Robson, Léo e Lucas Piton; Rodrigo, Andrey Santos e Jair; Gabriel Pec, Alex Teixeira e Pedro Raul. Só que no domingo, Andrey Santos não estará em campo contra o Santos. O volante se apresenta nesta sexta-feira à Seleção Brasileira Sub-20 para o Mundial da categoria.

O desfalque de Andrey Santos pode ser benéfico ao Vasco, já que forçará Barbieri a mudar o time. O treinador pode até manter o esquema optando por Barros, Galarza ou até mesmo Carabajal. No entanto, se optar por Figueiredo, o time ficará mais ofensivo, sem perder a recomposição defensiva, opção que parece ser a mais indicada.

Com o atacante em campo no segundo tempo contra o Coritiba, o time apresentou uma melhora, passando a atacar também pela esquerda, diminuindo a previsibilidade do primeiro tempo. Com Figueiredo, Alex Teixeira poderia jogar mais próximo de Pedro Raul, preenchendo o espaço no meio-campo que é ocupado por um camisa 10, jogador que está em falta no elenco vascaíno.

É necessário apresentar um fato novo, se reinventar, já que são quatro jogos sem vencer, três deles jogando mal. Com apenas 6 pontos, o Vasco está na 14ª posição, mais próximo da zona de rebaixamento do que da zona de classificação para a Libertadores, situação que causa enorme desconforto a qualquer vascaíno.

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