‘Viciado’ em títulos, Egídio detalha problemas na Ucrânia e se vê em casa
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Egídio terminou 2014 consagrado: bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro e eleito melhor lateral-esquerdo do Nacional. Os primeiros meses de 2015, porém, não foram tão fáceis. Após problemas na Ucrânia, o camisa 66 agora tenta se firmar no Palmeiras. Neste domingo, ele será mais uma vez titular do Verdão, às 19h30, quando o time visita o Figueirense no Orlando Scarpelli, pela sexta rodada do Brasileiro.
Entrar em campo com a camisa alviverde neste 7 de junho não era algo que passava pela cabeça do lateral em janeiro. Depois de duas ofertas do Dnipro (UCR), o jogador foi seduzido pela parte financeira e assinou contrato de três anos com o clube. Mas chegando no país, só frustrações:
– Eles me prometeram casa, carro e um dinheiro na mão, mas não cumpriram. Só foram abrir conta para mim após dois meses. Aí, antes de um treino o tradutor me perguntou como iríamos. Eu não tinha carro, e naquela situação nenhum de nós pagaria o táxi. Fomos de ônibus. Levamos quase uma hora para chegar – relembrou o jogador, ao LANCE!.
– A gente até brincou: saindo do futebol brasileiro, melhor lateral-esquerdo, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, e andar de ônibus na Ucrânia? (risos) Filmei, mandei para meu advogado, meu empresário e mostrei que aquilo era o limite – acrescentou.
Incomodado, o jogador buscou a rescisão na Justiça menos de três meses após assinar. Precisando de um lateral após a lesão de João Paulo, o Verdão logo acertou com Egídio, que só tem motivos para comemorar este retorno imprevisto ao Brasil.
– Quando cheguei, tinha três meses sem receber. Bom que os bichos anteriores de título no Cruzeiro ajudaram para segurar (risos). No Palmeiras estou supertranquilo, fui muito bem recebido por torcida, diretoria, comissão técnica. Já na primeira semana me senti em casa.
Mesmo adaptado, o lateral diz que ainda não rendeu aquilo que o fez ser eleito o melhor jogador da posição em 2014. A confiança no grupo, porém, faz com que ele tenha planos ambiciosos: entrar no seleto grupo de jogadores que venceram três Brasileiros seguidos (leia mais abaixo).
– O título meio que vicia. Quando você vai para um lugar, quer ser campeão. Não tem satisfação maior do que títulos. E pela grandeza do Palmeiras, temos de brigar lá em cima. Vou fazer de tudo para cooperar e quem sabe a gente conquiste um título – encerrou o palmeirense.
Para isto, o time que venceu o arquirrival em Itaquera, mas só empatou com o Inter em casa precisa acabar com a instabilidade. Embala?
CONFIRA UM BATE-BOLA COM EGÍDIO
Após tantos problemas, agora 2015 começa mesmo para você?
É, cheguei e o time foi para a final. Pensei: “ih, sou pé-quente mesmo”, mas não foi desta vez, e pensei que está parecido com o Cruzeiro de 2013 (o time foi vice no Estadual e campeão brasileiro). Passamos por três jogos sem vencer, mas é que a bola não estava entrando mesmo. Nos reerguemos, em um clássico na casa do rival e temos mais confiança.
Tem sentido muita diferença agora recebendo em dia?
Foi complicado demais. Fui para a Ucrânia numa expectativa financeira muito boa e não foi correspondido com o prometido em contrato. Foi frustrante para mim e o Palmeiras me deu toda a assistência necessária. Nestes dois meses, o Palmeiras pagou em dia. Por isso tenho certeza que o time agora vai conseguir engrenar.
Já se sente 100% fisicamente?
Sim, estou bem melhor do que quando cheguei, quando estava sem ritmo. Sei que posso render ainda mais aqui.
OUTROS TRICAMPEÕES
Zinho
O meia, ídolo palmeirense, foi o primeiro a conquistar três títulos brasileiros em série: 1992, pelo Flamengo, além de 1993 e 1994, pelo Verdão.
São-paulinos
A série de três títulos seguidos do São Paulo (2006, 2007 e 2008) consagrou cinco jogadores: Rogério Ceni, André Dias, Miranda, Richarlyson, Bosco e Júnior. Alex Silva e Aloísio também participaram das campanhas do tri, mas saíram durante o Nacional de 2008.
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