Uruguai luta para confirmar seu renascimento no futebol
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Na concentração da seleção do Uruguai, na qual jogadores se misturam a jornalistas e torcedores, o capitão Lugano houve de um fã de uns 15 anos um pedido para a final da Copa América contra o Paraguai, neste domingo, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires:
– Vocês não podem deixar escapar essa taça.
O zagueiro, atencioso, na hora interrompe a improvisada sessão de autógrafo. Olha para o garoto com os olhos arregalados como se estivesse encarando um atacante e responde de forma clara:
– Não vai escapar. Não vai escapar. É a nossa chance! Lugano, como todo o grupo da Celeste, sabe que vencer a Copa América é mais do que um título. É fazer história com H maiúsculo no esporte local.
A conquista significa o ápice para uma geração que resgatou o força do adormecido futebol uruguaio. O quarto lugar na Copa de 2010 foi bom, mas para muitos parecia zebra. Por isso, levantar o troféu neste domingo é chancelar cinco anos de trabalho sob o comando de Oscar Tabárez, sem dúvida o maior responsável pelo momento da Celeste .
– Perder não quer dizer que tudo nosso projeto está errado. Mas não pensamos em perder – disse o treinador, confiante no título.
FANTASMA DO PASSADO: Um dos trabalhos de Tabárez fora de campo é ensinar os jogadores a suportarem a pressão vinda da história. Em sua outra passagem pela Celeste, em 1990, ele queria fazer o grupo esquecer que o país era bicampeão mundial. Não deu certo. A estratégia agora é conviver bem com o fantasma do passado.
Dos 23 jogadores do time, ninguém ganhou título com a seleção, nem na principal nem na base. A última taça levantada pela Celeste foi a Copa América de 1995, em casa, quando praticamente todos os atuais craques eram adolescentes.
– Eu vi o Uruguai ser campeão. Era criança, mas muitos não viram. Temos essa chance — disse o craque do time, Diego Fórlan.
Por tudo que você leu acima, não é figura de linguagem dizer que os jogadores darão sangue pelo título.
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