Torcida protesta contra Amarilla, jogo é paralisado e Tite reforça ‘coro’
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Durante o jogo diante do Figueirense, neste domingo, a torcida do Corinthians protestou contra o árbitro paraguaio Carlos Amarilla, cuja atuação no duelo contra o Boca Juniors (ARG), nas oitavas da Libertadores de 2013, foi colocada sob suspeita nesta semana após o vazamento de escutas telefônicas entre Julio Grondona, presidente da Federação Argentina até 2014, quando faleceu, e Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA.
Uma faixa com os dizeres “Caso Amarilla 2013 - Vergonha do Futebol” foi exposta no setor Leste aos cerca de 32 minutos do segundo tempo. O árbitro Igor Benevenuto parou o jogo e exigiu que a bandeira fosse retirada. Com isso, o duelo ficou paralisado por cinco minutos.
No jogo de 2013, no Pacaembu, Amarilla anulou dois gols legais do Corinthians e ainda deixou de marcar dois pênaltis. Nas gravações reveladas pela TV América, da Argentina, os dirigentes conversam sobre a atuação de Amarilla.
- O reforço mais importante do Boca no último ano foi Amarilla - diz Grondona..
As gravações também apontam que Abel Gnecco fez pressão em Carlos Alarcón, diretor da comissão de arbitragem, para a escolha do paraguaio para apitar o confronto.
- “Gostam aí na Argentina do Amarilla?” Olha, se não gostam dele, não sei. Eu gosto, bota ele e deixa de me encher o saco. Alarcón, me bota o Amarilla e para de encher. Bom, assim foi, o colocou - afirma Gnecco em trecho de conversa com Grondona.
Em entrevista coletiva depois da vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense, o técnico Tite foi questionado sobre uma possível punição que o Corinthians pode ter, já que o protesto deve ser colocado na súmula pelo árbitro. O treinador disse que não tem conhecimento da regra que impede a manifestação da arquibancada e voltou a questionar a atuação de Amarilla.
- Eu vou retirar o torcedor e a faixa. O técnico vai se manifestar: caso Amarilla 2013, uma vergonha para o futebol. Eu que estou falando - disparou Tite, repetindo a frase da faixa de protesto.
Após o vazamento das conversas, o presidente Roberto de Andrade pediu e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) um ofício para apurar as supostas manipulações.
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