Timão se mobiliza, aumenta quadro e agora quer rejuvenescer seus sócios

A volta por cima do Timão, a partir de 2008, retornando para a Série A do Brasileirão, não foi só dentro dos campos. Focada em “arrumar” a casa, a gestão de Andrés Sanchez e agora Mário Gobbi começou pelo seu próprio lar: a sede social no Parque São Jorge. Além de reformas, foi dada uma guinada no número de quadro de sócios. Mas ainda há muito o que fazer...

Apesar de ter aumentado a circulação no clube – de fevereiro de 2012 para cá 1.700 pessoas se associaram –, o grande problema ainda é na faixa etária dos sócios. Cerca de 50% deles é de 50 anos ou mais, o que mostra a necessidade de uma renovação.

A grande estratégia, no entanto, está sendo colocada em prática: interligar o título do clube com o programa do Fiel Torcedor, que até então focava a venda de ingressos.

Como a média de idade do sistema de bilhetes é muito mais baixa, o Timão usa descontos para quem é do Fiel. O processo vem dando certo e a tendência é que essa renovação vingue nos próximos anos.

O preço do título também faz a diferença. O valor, que já chegou a R$ 20 mil em décadas passadas, hoje é de R$ 1 mil para o dono e depedentes. O individual custa R$ 800. As mensalidades chegam, no máximo, no valor de R$ 125.

O sócios remidos (cerca de nove mil) ainda dão prejuízo, já que são donos de títulos fixos, sem gastos. Uma academia maior é o próximo passo para atrair a atenção de novos corintinaos e interessados em se associarem.

Ronaldo Ximenes
Secretário-geral do Corinthians, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net

Hoje dá para dizer que o clube abriu a porta para todas as classes?
O Corinthians atende todas as classes sociais. Temos que propiciar mais aos menos favorecidos. Queremos os corintianos aqui.

A expectativa é de continuar crescendo o número de sócios?
Acho que até o fim dessa gestão vamos conseguir números melhores. Usando o Fiel Torcedor, que já é um tipo de vínculo com o clube, a tendência é que isso cresça ainda mais.

A média de idade dos associados é uma das preocupações?
A população está ficando cada vez mais idosa no clube. Quanto mais velho você fica, mais próximo você deixa de ser sócio, por motivos naturais. Precisamos trazer gente nova, daí também o reflexo de trazer o Fiel Torcedor, que geralmente é um público mais jovem. Lá, preponderantemente, são pessoas de 30 a 40 anos, são mais jovens.

E o que o clube tem a oferecer?
Estamos melhorando as instalações constantemente. Desde 2012, na gestão de Mário Gobbi, foram 20 obras entregues. Esse é o caminho.