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Sindicato dos Atletas de São Paulo realiza testes para a Copa do Mundo

Dia 01/03/2016
00:22

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O Sindicato dos Atletas de São Paulo promoveu uma série de testes em quatro cidades que irão receber jogos na Copa do Mundo de 2014, visando saber se os horários das partidas serão prejudiciais aos atletas.  Os testes foram acompanhados pelos profissionais do Instituto de Fisiologia do Exercício (IFE) que utilizaram uma tecnologia inovadora trazida dos Estados Unidos para medir a temperatura corporal dos atletas e para as avaliações serem devidamente realizadas.

Na última quinta-feira o último teste foi feito em São Paulo. Houve uma simulação de jogo, às 13h (horário que algumas partidas da Copa estão marcadas), com o intuito de investigar os efeitos da temperadura na saúde dos jogadores. Informações destes testes serão coletadas para os horários das partidas do Mundial serem discutidos junto à Fifa.

A partir dos resultados obtidos, o Sindicato de São Paulo, em parceria com o Sindicato Mundial de Atletas, pretende solicitar medidas para minimizar o desgaste dos jogadores.

- A partida de São Paulo fechou o ciclo de estudo e coleta de dados para a avaliação do projeto. Ainda é cedo para qualquer conclusão - disse o fisiologista Turíbio Leite de Barros, coordenador do projeto.

Além de São Paulo, outras quatro cidades-sede foram "palco" das simulações realizadas: Brasília, Fortaleza e Manaus. De acordo com Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato, se não houver acordo com a Fifa para medidas serem tomadas, o caso será levado para a Justiça.

- A Fifa realiza muitas campanhas voltadas para a conscientização dos torcedores, mas é o momento de olhar para dentro do futebol, para os próprios jogadores - afirmou Martorelli.

Mesmo sem o resultado final do estudo, eu diria que a gente já pode ter o diagnóstico que existe um perigo, um problema a ser enfrentado. Podemos constatar que essa exposição de um atleta a um jogo de futebol neste horário das 13h representa um risco e que há a necessidade de se discutir estratégias para lidar com esse risco.

Qual seria a solução? Aí com toda certeza é uma questão de se conversar e de buscar alternativas para pelo menos minimizar estes problemas. Se fosse uma coisa radical, a conotação seria proibir jogos nesse horário. Mas como a gente sabe que isso significa uma atitude muito difícil de ser tomada, no próprio estudo a gente investigou como determinadas intervenções poderiam proporcionar chances de você atenuar o problema.

Eu acredito que vá ser discutido com a Fifa através do sindicato, que vai levar o laudo. Até há alternativas, como fazer duas paradas técnicas. Nesta parada técnica, dá a chance de o atleta se reidratar, de abaixar um pouquinho a temperatura. A Fifa reluta em adotar essa providência. Com toda certeza, e com dados objetivos na mão, o sindicato vai poder ter uma argumentação mais forte.

Jogar nesse horário acontece o que pode acontecer com qualquer pessoa com uma elevação de temperatura. Qualquer febre alta assusta. Qualquer pessoa que tenha uma temperatura de 39ºC/40ºC precisa ter uma intervenção. Só que o atleta está dentro do campo fazendo um esforço físico intenso. O que pode acontecer é um dano decorrente de uma temperatura muito alta, que tem sempre como órgão mais vulnerável o cérebro. Aí naqueles episódios que não são tão raros, o indivíduo pode ter tontura, vômito, desmaio, todas as consequências de uma elevação da temperatura corporal, acima de um limite de tolerância e de salubridade.

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