Seleção de polo aquático cogita naturalizar atletas para a Olimpíada
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Para tentar fortalecer as equipes de polo aquático masculina e feminina que disputarão a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos tentará a naturalização de jogadores estrangeiros. A informação foi confirmada ao LANCE!Net pelo presidente da entidade, Coaracy Nunes, ainda durante a disputa do Mundial, em Barcelona, no início deste mês.
De acordo com o mandatário, a CBDA já está em contato com alguns atletas e as tratativas estariam avançadas quanto à presença de algumas jogadoras femininas.
- Há estes projetos em andamento. Tem vários atletas que estão na mira. Tanto no masculino quanto no feminino. No feminino, três atletas vão passar por testes: uma americana, uma australiana e uma croata. Elas vão participar de um período de experiência - disse Coaracy, sem nomear as atletas.
Na disputa do Mundial, a Seleção feminina não venceu nenhuma partida. Foram quatro jogos e quatro derrotas, o que rendeu apenas a 14ª colocação (foram 16 participante).
Entre os homens, o Brasil não havia sequer obtido a classificação para o evento. Inicialmente, a intenção era a de repatriar alguns jogadores do país que se destacam atuando em outras Seleções. Casos de Felipe Perrone e Tony Azevedo, que jogam por Itália e Estados Unidos, respectivamente.
Contudo, de acordo com o presidente da CBDA, as negociações não têm caminho de forma satisfatória, o que dificultará a prática.
O processo de naturalização de jogadores é usual no polo aquático. Recentemente, a federação montenegrina tentou incrementar o período de inelegibilidade para os atletas que mudam de pátria.
Hoje, a Federação Internacional (Fina) exige que o atleta fique ao menos um ano afastado e morando no país que pretende jogar. A proposta de três anos, apresentada pelos europeus, foi negada.
BATE-BOLA
Ricardo Cabral
Coordenador técnico de polo aquático da CBDA
Como a CBDA está planejando a vinda de jogadores estrangeiros?
Temos a proposta de trabalhar com algumas ações. Precisamos melhorar o treinamento e trabalhar com os jogadores que temos. Podemos tentar também nacionalizar jogadores para compor melhor o time. São ações que são independentes entre si.
Quais são os principais alvos desta iniciativa?
Há alguns jogadores que já possuem dupla nacionalidade. Seria um processo mais rápido. Temos uma lista de atletas de fora para compor a Seleção também. Muitos falam que não vai resolver o problema, mas é só mais uma ação. Fizemos contatos pessoais e muitos atletas se interessaram em defender o Brasil.
Casos de 'importação' de atletas
Larry Taylor
O armador americano foi naturalizado a pedido do técnico da Seleção Brasileira masculina de basquete, Rubén Magnano. Em abril de 2012, o processo foi concluído e ele foi convocado para a Olimpíada de Londres.
Gui Lin
A mesa-tenista chinesa tornou-se brasileira também na temporada passada. Ela veio para o Brasil aos 12 anos, para um intercâmbio, e foi "recrutada" por Hugo Hoyama para representar o país em torneios internacionais da modalidade.
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