Seleção Brasileira inicia treinos em ‘escala da discórdia’ em Goiânia
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A Seleção voou na segunda e inicia nesta terça, em Goiânia, o segundo período de treinos visando a Copa das Confederações. Uma parada obrigatória decidida pelas mãos de cartolas e políticos, que é mal vista pela comissão técnica. Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira queriam ficar no Rio.
A decisão de passar pelo Planalto Central foi uma espécie de prêmio de consolação à capital de Goiás. Em setembro de 2011, quando Brasil e Holanda empataram sem gols no Serra Dourada, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, anunciou que a cidade seria uma das sedes da Copa América 2015. Porém, como o Brasil desistiu de receber o torneio – repassou os direitos ao Chile –, Goiânia ficou sem Mundial e sem Copa América.
Algo precisaria ser feito para minimizar o problema e manter o acordo do antigo mandatário com o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, e o governador de Goiás, Marconi Perillo. Foi por isso que, mesmo sem agradar a comissão técnica, José Maria Marin, atual presidente da CBF, e seu vice, Marco Polo Del Nero, mantiveram a decisão de treinar por lá.
– Já existia a determinação de treinar em Goiânia, um compromisso anterior, assumido até pela gestão anterior. Diminuímos nosso tempo lá, vamos ficar só quatro dias na próxima semana – afirmou Parreira, coordenador técnico da Seleção, sem negar a chateação.
Essa parada, que terminará na sexta-feira, será apenas a primeira da Seleção em Goiânia – grupo treinará três dias nas dependências do Goiás. Após o jogo contra a França, domingo, no dia 9 de junho, em Porto Alegre, a delegação voltará à cidade. A equipe deverá ficar mais dois dias até viajar a Brasília, onde estreará na Copa das Confederações, dia 15 de junho – ida para a capital federal deverá ser de ônibus.
A manutenção do acordo de Teixeira faz parte da tentativa de Jose Maria Marín de conseguir apoio político. Algo que terá com o governador de Goiás e o presidente da FGF.
Goiás reforma estádio e CT para receber Felipão & Cia.
A decisão de passar pelo Planalto Central, além de política, foi financeira. O anfitrião Goiás gastou cerca de R$ 4 milhões para reformar os dois locais de treinamentos da Seleção Brasileira nesta semana, além dos dois dias após o amistoso contra a França. O L!Net visitou os locais e, de fato, o clube ganhou nova cara com a injeção de dinheiro.
Apesar de ter apenas um período de trabalho agendado, o estádio Hailé Pinheiro, também conhecido por “Serrinha”, ganhou um novo sistema de drenagem e a implantação de uma grama nova, da espécie Bermuda Tifway. O campo, com dimensões de 110m x 75m, foi rebaixado em 40cm. O estádio, que tem capacidade para cerca de 6,5 mil pessoas, também ganhou novos vestiários, com uma área de 1.500m², climatizados, com sala de aquecimento e de imprensa. O local fica a 4km de distância do hotel Mercure, onde a delegação ficará hospedada. Durante o Estadual, a diretoria do Goiás não utilizou o estádio para não atrapalhar as obras.
O outro local que será utilizado por Felipão, Neymar & Cia. é o Centro de Treinamento Edmo Pinheiro, também chamado de CT Parque Anhanguera, localizado no bairro Jardim Atlântico. Dois dos quatro campos foram reformados para receber a Seleção Brasileira. O CT não integra o catálogo da FIFA, mas foi reformado e, neste momento, oferece vestiários com duchas, banheiras de hidromassagem, tanques de imersão, piscina, sauna, departamento médico com sala de fisioterapia, academia, três campos de futebol soçaite, além de uma área verde, com lago e espaço de lazer.
NOVA ROTINA:
Terça-feira - Treinamentos em dois períodos na Serrinha, sede administrativa do Goiás, e no CT do Goiás
Quarta-feira - Treinamentos em dois períodos CT do Goiás
Quinta-feira - Treinamento no CT do Goiás
Sexta-feira - Viagem para Porto Alegre e treinamento no CT do Inter
Sábado - Treino na Arena do Grêmio, palco do amistoso
Domingo - Brasil x França, às 16h
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