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São Paulo vê ‘fantasia’ do Orlando City em dívida e se recusa a liberar Ganso

Dia 29/02/2016
22:34

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O São Paulo considera "fantasiosa" a cobrança de uma dívida na Justiça e que seria motivada por pressão do Orlando City (EUA) para conseguir contratar o meia. Na noite da última segunda-feira, a diretoria do Tricolor foi notificada de uma ação aberta pelo clube americano cobrando R$ 13.878.159,26 pelo empréstimo de Kaká, feito no segundo semestre do ano passado.

A diretoria do São Paulo não só questiona os valores cobrados, como baté o pé afirmando que não aceitará ceder seu camisa 10 nos termos propostos. O Orlando oferece a amortização dessa dívida nos valores calculados por eles, mais uma quantia em dinheiro para contar com Ganso ao lado de Kaká.

Pelo seu departamento de comunicação, o São Paulo admitiu débito de R$ 1,7 milhão, que seria a dívida real, já que o clube nunca pagou um centavo pela transação que deixou Kaká seis meses no Morumbi. O restante do montante origina-se de juros e multas que, na visão do Orlando, o Tricolor terá de pagar por não cumprir os prazos para quitar a dívida.

Dentre os principais pontos rebatidos pelo clube brasileiro no processo aberto na Justiça de São Paulo, estão a forma como o Orlando calculou os juros e multas, considerados exagerados, e uma versão sobre um documento trocado entre as partes.

No contrato de empréstimo de Kaká, havia uma cláusula que obrigava o São Paulo a enviar um documento "idôneo" e "comprobatório" mostrando o valor das rendas dos jogos no Morumbi antes da chegada de meia e depois, com ele em campo. Isso serviria para o cálculo de quantro o Tricolor precisaria repassar, já que no acordo estava previsto ao Orlando o direito a uma parcela do valor gerado a mais com a presença de Kaká nos jogos, algo em torno de 20% do total.

O Orlando diz que o São Paulo enviou apenas uma planilha, ou seja, um documento inválido. O Tricolor rebate. Primeiro, questiona o que seria "documento idôneo", que não está especificado na ação. E garante que houve uma troca de e-mails no fim do ano passado, em que recebeu do CEO do clube americano o "ok" sobre os valores devidos.

Também havia no contrato a realização de dois amistosos entre os clubes, com renda dividida em 80% para o Orlando e 20% para o São Paulo. Os jogos seriam disputados em janeiro e fevereiro deste ano, mas não aconteceram. Neste ponto, o Tricolor também argumenta e alega o seguinte. A organização teria de ser dos americanos, que não teriam feito nenhuma notificação sobre datas ou condições para realização dos jogos. Ou seja, caberia ao São Paulo cobrar multa por não poder realizar os eventos e, consequentemente, lucrar com isso.

Na visão do São Paulo, a cobrança do Orlando é sem fundamento e, por isso, a tendência agora é aguardar os desdobramentos do caso na Justiça. Uma coisa é certa para a diretoria: nessas condições, Ganso não sai. O Orlando deu prazo até quinta-feira para ter uma resposta. Neste caso, a situação deve mesmo ser definida nos tribunais.


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