Pool da Copa América: Mascherano chama de ‘tortura’ perder outra final

Por Maxi Espejo

Se nota que está doído, e com razão. O fato de ter estado às portas da glória, e de ver passar uma e outra vez ao lado o sabor da conquista se converteu em uma sombra para Mascherano. Quatro finais onde viu os outros darem a volta olímpica. Quatro estacas em seu peito.

- Quem sabe seja eu. Não sei, é um carma. Não encontro explicação - se lamentou após o fim da partida contra o Chile. Frustração que golpeia Javi desde 2004 até aqui.

Esse homem de ferro, que supera tudo e se redobra em esforços, é terreno. Chora, claro, e diante de um novo tropeço ele mesmo se encarrega de pôr dúvida sobre a sua continuidade. Ao menos, é o que se pode interpretar de suas palavras.

- É um dia para não pensar. Isso se converteu em uma tortura - admite, com a alma em frangalhos. Sofre. Múltiplo ganhador a nível de clubes, o destino e a sorte não responderam à lógica, como se ela existisse.

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Aos 31 anos, se de injustiças falamos, Mascherano é um fiel retrato. O cara que se entrega, que dá ao máximo, que está presente em cada batalha. Está claro que tem o reconhecimento popular porém, por dentro, sabe que uma medalha por um título maior é o que lhe falta para tirar de vez da boca essa sensação de "comer m...", tal como havia falado na final da Copa do Mundo de 2014.

Ele precisa, e como precisa. Como exemplo, como símbolo de pertinência e coragem, como uma forma de ser retribuído, e retribuir a si mesmo. Não merece este final. Não merece este carma. Não se vá, Masche.