Pela Fifa, Brasil será duro no combate à pirataria e atividades irregulares durante a Copa das Confederações
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A Copa das Confederações de 2013 começa neste sábado e a Fifa estará de olho na organização brasileira. Principalmente fora de campo. Afinal, estarão em jogo os milhões de reais investidos pelos patrocinadores da competição. O compromisso e o zelo com os produtos e as marcas das empresas parceiras é uma das grandes preocupações da entidade para o evento e o Mundial de 2014.
Não é para menos. Estima-se que a Fifa tenha obtido no último Mundial, realizado na África do Sul, um lucro de R$ 3,2 bilhões com os patrocinadores. Hoje são 20, entre parceiros comerciais da entidade, como a Coca-Cola e a Adidas, os exclusivos da Copa do Mundo, casos do Mc Donald's e da Oi, e os apoiadores nacionais, como por exemplo o Itaú. As empresas pagaram alto pelo privilégios, e não irão tolerar que concorrentes se aproveitem da oportunidade de exposição gerada com as Copas, através do marketing de emboscada e de intrusão. Nem a venda de produtos piratas.
- Ninguém vai querer investir milhões num evento, fazer campanhas publicitárias, utilizar expressões exclusivas, e admitir que um concorrente se aproveite da oportunidade. Essa fiscalização toda está diretamente ligada às garantias aos patrocinadores. Os parceiros pagam muito caro para se associarem à Copa do Mundo. É uma questão exclusivamente financeira, uma garantia contra as famosas emboscadas - disse Hélder José Galvão e Silva, presidente da Comissão de Direitos Autorais, Direitos Imateriais e Entretenimento da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ).
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Para cumprir o prometido à Fifa e coibir ações nos estádios e no entorno deles, o governo tomou várias medidas de fiscalização. Isso poderá ser observado neste sábado em Brasília (DF), palco da estreia da Seleção Brasileira contra o Japão. Serão 200 servidores e mais 40 veículos para impedir a venda de produtos piratas e outras atividades ilegais, como o cambismo e o marketing de emboscada, num raio de 2km em volta do Estádio Mané Garrincha. Além disso, haverá um centro de comando com câmeras e vistoria interna detalhada. Quem for detido será encaminhado à delegacia.
O cuidado não para por aí. No manual de conduta criado pela Fifa para os torcedores durante a Copa das Confederações, uma das 50 regras proíbe o indivíduo de entrar nos estádios com um cartaz, bandeira, ou camisa que exibam a marca ou façam propaganda de uma empresa que não patrocinadora da entidade e da competição. Vale lembrar que, antes disso, a Lei Geral da Copa teve estabelecida em seu corpo a questão do marketing de emboscada.
São vários os casos desse tipo nos últimos grandes eventos esportivos. Um dos mais famosos aconteceu na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, quando um grupo de torcedoras foi detido durante o jogo entre Holanda e Dinamarca, acusado de golpe publicitário ilegal em prol da cervejaria Bavaria (a Budweiser é que patrocina o Mundial). Aliás, um atacante da segunda seleção, Nicklas Bendtner, foi suspenso e multado em R$ 260 mil por exibir a marca de uma casa de apostas na cueca durante a comemoração de um gol em cima de Portugal, em partida válida pela Eurocopa do ano passado. A multa foi maior do que a aplicada em casos de racismo.
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