Participação de seleções convidadas na Copa América cria debate no Chile
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O México estreou na Copa América nesta sexta-feira, e ficou apenas no empate em 0 a 0 com a Bolívia, em Viña del Mar. Porém, a equipe estava com a sua "seleção B", enquanto a equipe principal se prepara para disputar a Copa Ouro, equivalente ao torneio sul-americano, mas na Concacaf. Logo depois da partida, uma grande discussão sobre as convidadas começou no Chile, aonde acontece o torneio.
Desde que a Copa América inaugurou o atual formato, com 12 seleções divididas em três grupos, passou a ser necessário chamar mais duas equipes, já que só 10 formam a Conmebol. Desde então, o México sempre esteve, e não chega a causar "estranheza". Até por sempre ter levado a sério, já que foi vice-campeão duas vezes, e terceiro lugar em outras três oportunidades. Geralmente, seleções da própria Concacaf são convidadas. Desta vez está o time B da Tri e a Jamaica. A discussão é sobre a queda da qualidade.
- Vejo que, no fim, gratuitamente se faz que o nível do torneio se abaixe. As seleções estão trazendo as equipes B, pois preferem priorizar a Copa Ouro, não têm os melhores jogadores, e creio que limita o que o torneio pode oferecer - analisou o jornalista Aritz Gabilondo, do "AS", da Espanha.
Por falar no país ibérico, a própria Fúria chegou a ser convidada para esta edição. Inicialmente o Japão, que jogou o torneio em 1999, foi chamado. Mas acabou recusando. A Espanha não veio por causa do calendário apertado, já que esteve na Copa do Mundo no ano passado e deve ir para a Eurocopa no ano que vem. No país, no entanto, não chega a haver uma rejeição.
- Pessoalmente, eu adoraria ver a Espanha na Copa América, mas por questões de calendário, é praticamente impossíve. A seleção joga a cada dois anos uma grande competição, o Mundial e a Eurocopa. Mas a Espanha tem um vínculo com a América do Sul que Jamaica e Japão não têm. Mas insisto, a forma de conseguir 12 seleções convidando duas não é boa - disse Gabilondo.
No ano que vem, será disputada a Copa América do Centenário, que será nos Estados Unidos e em um novo formato. Irão as 10 da Conmebol, além de seis da Concacaf. Muitos acreditam que pode ser o primeiro passo para uma unificação. Porém isso deveria influenciar também nas Eliminatórias e até na Copa Libertadores. No caso do caminho para a Copa do Mundo, não agrada tanto.
- Teria que analisar muito, para ninguém sair prejudicado. A América do Sul é mais importante que a Concacaf, seleções bem mais fracas teriam que competir com Brasil, Argentina, Colômbia... Isso pode ser peligoso e as Eliminatórias poderiam ser perigosas - disse Nicolas Baier, da ESPN Argentina:
- Seria esquisito ver um país de fora da América do Sul vencer o torneio. É esquisito. Sem dúvida. Os convidados pensam não só no lado esportivo, mas no negócio. Na Libertadores acontece o mesmo.
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