Para garimpar talentos na base, Verdão já vê retorno de sistema de captação

Com a chegada de Paulo Nobre à presidência, o Palmeiras iniciou uma reformulação na sua categoria de base, trazendo Erasmo Damiani para coordenar este setor. Entre março e abril, o clube colocou em prática um departamento de observação e análise de jogadores pelo Brasil, com potencial para jogarem no Verdão. Palhinha e Beto Médice são os observadores técnicos deste projeto, e têm viajado pelo país para aumentar o banco de dados e dar opções ao Alviverde. Segundo Damiani, o projeto já começou a dar retorno.

- Não podemos ficar sentados esperando informações. Os clubes no Brasil têm esse departamento bem ativo, estávamos carentes. Estamos no início e já tivemos retorno. Temos jogadores aqui que foram vistos na captação. Recebemos as informações e passamos para a observação. É fundamental para no futuro termos algum retorno - explicou, em entrevista ao site oficial do clube.

Do atual elenco, Bruno, Fábio, Luis Felipe, Luiz Gustavo, Marcos Vinícius, João Denoni, Wendel, Patrick Vieira, Bruno Dybal, Diego Souza, Edílson, Emerson, Vinicius e Caio vieram das categorias de base. Os dois últimos têm sido titulares no ataque, enquanto Bruno vinha atuando durante o período de recuperação de Fernando Prass. Segundo o Verdão, uma das intenções deste novo projeto é coibir a atuação de empresários em transferências da base, relacionando-se diretamente com os clubes. O próximo passo é aumentar a equipe para cinco pessoas, com o objetivo de analisar também opções das categorias de base do futebol de salão.

- Nossa observação é mais para o lado técnico, cada região tem sua característica. Vemos em média 300 meninos por projeto, e os que são selecionados têm garantido pelo menos uma semana sendo observados na categoria. Dentro do ambiente do clube, após o período de avaliação, sentamos com o treinador, o coordenador, e tomamos uma decisão. Se tivermos dúvidas, damos mais tempo a ele. É um processo longo, e a margem de erro é pequena - disse Palhinha.