OPINIÃO: Falta criar talentos como os jogadores do Barcelona
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*Albert Puig é ex-coordenador de base do Barcelona
Chega junho, hora de fazer os balanços. Notas escolares em primeiro lugar. Decisões esportivas em segundo plano. O colégio é como um clube. Os professores se reúnem e cada aluno, o jogador, é avaliado individualmente por cada formador.
Em primeiro lugar, notas em conhecimento e capacidade. Em segundo, em atitude. Em terceiro, futuro e progressão.
O nervosismo familiar supera, muitas vezes, a própria criança. Assumir com tranquilidade as opções dos profissionais tem de servir como grande bálsamo dessa maldita ansiedade.
Eles, na sua opinião, se equivocaram. Pensaram numa opinião e ditaram outra no futuro. Ninguém - nenhum professor e nenhum treinador , está salvos dos erros. Evidentemente, nos vangloriamos dos êxitos de um jogador, mas dos erros... Esquecemos. Mas isso é um erro, não? Poucos, não. Muitos. Saber que mudanças de atitude são difíceis de adivinhar.
Em relação ao talento, temos pouco a nos equivocar. Se fosse tão fácil, por que ninguém é capaz de clonar Messi, Xavi ou Iniesta? Sensivelmente, eles adquirem talento desde pequenos com uma capacidade física e cognitiva fora de série. São grandes por conta dos professores, que os guiaram humanamente e esportivamente.
Nos falta criar mais jogadores de elite, como por exemplo, os do Barcelona. Quantos craques desapareceram na última hora ou estiveram a ponto de sê-los, mas fracassaram por uma decisão equivocada.
Nós, profissionais, temos que tomar as decisões com firmeza, critério e humanidade. Os pais precisão aceitá-las, sem dramatizá-las. A imprensa explicá-las. E as crianças saber aceitar as regras do jogo, que são as normas da vida. E eu, pessoalmente, pedir perdão se me equivoquei.
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