Nasce um herói santista: Edu Dracena é o Capitão Planeta
- Matéria
- Mais Notícias
Na campanha do tricampeonato santista da Libertadores, o zagueiro Edu Dracena recebeu a alcunha de Capitão América. Depois de erguer o troféu de campeão sul-americano, o camisa 2 santista sonha com o topo do mundo e encarna o papel de outro famoso super-herói das telas: o Capitão Planeta.
Bem-humorado, o zagueiro santista entrou na brincadeira e apontou os superpoderes que usará na manhã deste domingo, contra o Barcelona, para faturar o tri Mundial para o Peixe.
– Superação. Não desisto em nenhum momento. Todo jogo tento dar o melhor, mas nem sempre isso acontece. Mesmo assim, não deixo de correr e lutar pelo time. – disse Dracena, em entrevista ao LANCENET!.
Assim como o herói dos desenhos animados, cujo lema é “o poder é de vocês”, o Capitão Planeta do Santos gosta de dar conselhos e motivar os demais jogadores. Apesar de ser um dos mais experientes do elenco (tem 30 anos), Dracena é um líder democrático e gosta de ouvir os demais atletas antes de tomar decisões.
Mesmo não sendo unanimidade entre os torcedores santistas, o zagueiro já está marcado na história do clube como o capitão do tri da Libertadores. Se vencer neste domingo, a glória será ainda maior e Edu se igualará a Zito e Mauro, ídolos alvinegros, que foram os capitães nas conquistas dos Mundiais de 62 e 63.
– Se formos campeões, será o auge da minha carreira. Não só da minha, mas de todos os outros jogadores. Claro que muitos vão ter a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo pelo Brasil, mas hoje nossa seleção é o Santos – afirmou.
A missão de Dracena, contudo, não é das mais fáceis. O zagueiro terá de parar “apenas” o o temido ataque catalão, de Messi e companhia, façanha que para muitos só é possível com superpoderes.
Com a ajuda dos elementos protetores (veja abaixo quais são), Dracena vai em busca de mais um feito heroica para o Santos: erguer o troféu de campeão mundial e pintar o planeta de preto e branco.
Depois de ser o "Capitão América", Dracena sonha com título mundial (Foto: Ivan Storti)
Os protetores de Dracena no Peixe
Água
“Era o Adriano, que corre o tempo todo, não pede água, mas infelizmente se machucou. Agora é Arouca”.
Terra
“Durval. Ele tem os pés no chão, não é muito falado, mas é muito importante”.
Fogo
“Léo, porque ele é o mais velho, o zoam bastante e, às vezes, perde um pouquinho a linha. O vovô está precisando de um implante capilar”.
Vento
“Danilo. É o que mais vive a expectativa, fica no ar e sonha bastante”
Coração
“Poderia colocar o mais emotivo, chorão, mas vou deixar em branco”.
Na animação, Capitão Planeta protege a Terra (Foto: Divulgação)
Bate-Bola com Edu Dracena, em entrevista ao LANCENET!
Qual o tamanho da responsabilidade de ser capitão do Santos?
Só não fui capitão no Fenerbahçe (TUR). A responsabilidade é maior, e o pessoal me vê como um porta voz do time. Ser zagueiro é muito difícil, ainda mais na do Santos, que tem o DNA ofensivo. Às vezes tiro dez, 12 bolas e uma que passa a pressão fica grande. O pessoal não quer ver o acerto, mas o erro.
Por ser capitão, você é o responsável por fazer a cobrança interna?
Eu cobro bastante os jogadores, mas o interessante é que, no Santos, todo mundo se cobra e tem a oportunidade de falar. Vivemos numa democracia. Não é porque sou o capitão que vou ser o dono da razão. O ambiente é legal porque todo mundo pode falar o que acha certo e errado. Eu cobro e aceito ser cobrado.
Qual o setor do Barcelona que mais o preocupa para o jogo?
Não comentamos sobre setores do Barcelona, mas sim sobre o time. Da mesma forma que eles têm jogadores bons na frente, nós também temos. Não chegamos ao Mundial à toa. Somos campeões do nosso continente. O Barça vai ter de respeitar também. Não podemos mudar nossas características. Vamos com o mesmo futebol que nos levou ao título da Copa Libertadores.
Como é o contato com os torcedores nesse momento decisivo?
O pessoal cobra na rua “Vamos marcar o Messi!”. Só de estar no Mundial e ter a oportunidade de enfrentá-lo...Isso é para poucos.
Na sua avaliação, qual foi o momento mais difícil da temporada?
O início da Libertadores foi o momento mais difícil. O time não encaixou no início e teve a saída do treinador (Adilson Batista). A chegada do Muricy reorganizou o time e o nosso ápice, sem duvida alguma, foi o título da Libertadores.
- Matéria
- Mais Notícias