Muricy e Telê: Personalidades fortes e a mesma gana por vitórias

Muricy Ramalho conheceu Telê Santana em 1973, no São Paulo. O primeiro, como jovem jogador, o segundo, como técnico. Duas décadas se passaram até que os dois se reencontraram, no mesmo São Paulo, e iniciaram um misto de parceria/amizade/aprendizado. Histórias não faltam sobre período, como lembra o atual técnico do Fluminense:

– Ele mandoumuita gente devolver carro de luxo. Aconselhava os jogadores a pensar no futuro. O Palhinha foi o que mais ele pegou no pé. Mas não adianta. Hoje é a mesma coisa. Eu falo, eles agradecem e dão risadas por trás.

Ao lado do filho de Telê, Muricy relembra histórias do ex-treinador

Como Telê, Muricy também tornou-se um obcecado por vitórias.

– A única coisa que me deixa tranquilo, feliz, é a vitória. Se perder, estou morto. Ainda mais agora que moro sozinho no Rio. Em São Paulo, estou com meus filhos, minha mulher. Igual ao seu pai. Ele morava sozinho. E, quando perdia, ficava doente, cara – disse Muricy para Renê.

No São Paulo, Telê Santana foi campeão Brasileiro; bicampeão paulista em 1991/92; bicampeão da Libertadores; e do Mundial Interclubes em 1992/93. Também levou uma Supercopa Libertadores em 1993 e duas Recopas Sul-Americanas em 1993/94. Foram 410 jogos, 197 vitórias, 122 empates e 91 derrotas.