Muricy diz que eleições atrapalharam, mas faltou o básico no Flu

Quando chegou ao Fluminense, há quase um ano, Muricy Ramalho cobrava da diretoria, na ocasião Roberto Horcades era o presidente do clube, uma boa estrutura para o futebol. Porém, no final do ano passado, Peter Siemsen assumiu o comando do clube e não teve tempo para atender o pedido do então técnico tricolor.

Muricy disse que entende que as eleições presidenciais no meio de seu trabalho prejudicaram a concretização da cobrança por um Centro de Treinamento, mas afirmou que não foi feito nem o básico para um bom desempenho do time, que só tem o campo esburacado das Laranjeiras como opção de treinamento.

- O grande problema é que tivemos no meio disso tudo uma eleição, houve uma mudança. O presidente que entrou é um cara jovem, tá vendo tudo...a prioridade no momento é Xerém. Eu entendo tudo isso, mas tínhamos que fazer pelo menos o básico, melhorar pelo menos um pouco das condições de Laranjeiras, que é muito ruim. Nossos jogadores vivem machucados...Fred, Deco. É porque nosso campo é muito ruim. Não posso passar pelo Fluminense e não deixar nada e isso foi combinado. Eu gosto de treinar, eu gosto de trabalhar, mas nas condições em que estávamos não dava - disse o treinador ao Jogo Aberto, que já havia dito que tinha até ratos no vestiário tricolor

- Aqui eu dei a vida para ganhar o título e a torcida sabe disso - completou.

Muricy aproveitou ainda para defender o argentino Dario Conca, que foi criticado por não apresentar neste ano o mesmo futebol que o levou a ganhar o prêmio de Craque do Brasileirão de 2010.

- Há dois jogos ele voltou a jogar bem. Contra o América foi muito bem agora contra o Flamengo também. As pessoas têm de entender que o jogador precisa de tempo de recuperação. Aos poucos o Conca vai voltar a ser o que era. O jogador às vezes precisa de carinho e conversa, mas as pessoas não tem paciência.