Marques ressalta importância da Copa Conmebol de 1997 para o Atlético-MG

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No dia 17 de dezembro de 1997 o torcedor do Atlético-MG lotava o Estádio Mineirão para ver o clube enfrentar o Lanús (ARG) pela final da extinta Copa Conmebol. O Galo não deixou escapar o favoritismo adquirido no primeiro jogo, após golear o time argentino por 4 a 1, e se sagrou campeão do torneio pela segunda vez (o clube venceu a edição de 1992 da competição).
A conquista completa exatos 15 anos nesta segunda-feira e representa a última vez que o Atlético obteve sucesso em âmbito internacional.
Por conta do bicampeonato que o Cruzeiro mantém na Libertadores, a conquista atleticana na Copa Conmebol adquiriu uma desvalorização dentro da própria torcida alvinegra. Contudo, um dos expoentes daquela conquista, Marques, fez questão de mensurar o peso que a taça teve para o clube mineiro.
- Acho que aquela Copa Conmebol foi um dos títulos mais importantes da História do Atlético, por tudo que ela representou. E também pelo nível técnico da competição. Muitos desvalorizam ela, mas as equipes participantes tinham que ter uma classificação muito boa nos campeonatos nacionais para classificar. E conseguimos vencer de forma invicta tendo o Valdir como artilheiro do torneio - disse o eterno camisa 9 do Galo, ao LANCE!Net
Na edição de 1997, Rio Branco (Campeão da Copa Norte 97), Vitória (Campeão da Copa Nordeste 97), Atlético Mineiro e Portuguesa foram os representates do Brasil. A Lusa foi a vice-campeã e o Galo ficou com o terceiro lugar, após ser eliminado justamente contra o time paulista nas semifinais.
A conquista diante do Lanús começou com uma goleada na Argentina, de 4 a 1, mas que terminou em cenas lamentáveis de violência dos próprios jogadores e também da torcida granate contra o Galo, rendendo a Emerson Leão, técnico atleticano, a necessidade de fazer uma cirurgia na face após um agressão recebida.
- O Atlético deitou naquele primeiro jogo da final. A verdade é essa. Foi soberano nos 90 minutos. Mas o desfecho do jogo foi lamentável. Veio a revolta dos argentinos, jogadores e os torcedores partiram para cima da gente. Todo nós ficamos preocupados com a nossa própria segurança, foi um momento de terror - conta Marques.
Na campanha da Conmebol, o Atlético se mostrou muito forte fora de casa, tendo vencido todos seus compromissos como visitante. E, para Marques, o empenho da equipe em 1997 pode servir de espelho para que o Galo consiga uma boa campanha na Copa Libertadores de 2013, já que o atual time do Alvinegro possui grandes dificuldades de vencer na casa dos adversários.
- O Atlético tem que mostrar a grandeza que possui no cenário brasileiro em torneios internacionais. É inadmissível um time com uma torcida fanática como a atleticana ficar mais de uma década longe da Libertadores. Mas eu acredito que, com essa administração do Kalil e com o Cuca no comando, o atual time irá fazer um papel muito bom em 2013. E que a superação do nosso grupo de 1997 possa ser um exemplo para que uma nova taça venha para a coleção do Galo - ressaltou Marques.
O ex-atacante alvinegro ainda lembra da conquista da Conmebol como o começo de uma história de idolatria com a Massa. Em 1997, Marques havia acabado de chegar ao Galo, junto com outros jogadores, na gestão do presidente Paulo Cury.
- O nosso grupo era novo ainda, com jogadores que tinham acabado de chegar ao Atlético. Chegamos para a Conmebol com uma campanha irregular no Campeonato Brasileiro. Mas o Leão soube achar um padrão de jogo, soube formar uma equipe competitiva. Tínhamos bons atletas na equipe e deu tudo certo na Conmebol.
Realmente, quando fez sua primeira partida naquela edição da Conmebol, o Atlético de 1997 não estava tão bem. No Brasileirão daquele ano, antes da partida de estreia no torneio internacional, o Galo amargava a 10ª colocação, tendo feito 11 jogos, com 4 vitórias, 3 empates, 4 derrotas, 14 gols feitos e 16 gols sofridos. Mas conseguiu se achar em campo e levou sua seguda taça da Copa com uma campanha de 8 jogos, com 5 vitórias, 3 empates, com 18 bolas nas redes e 5 gols levados.
Feliz por Taffarel
A conquista da Copa Conmebol teve um gosto especial para o grupo do Atlético Mineiro pois era uma conquista para coroar a passagem do goleiro Taffarel pela Vila Olímpica. Marques explicou que foi emocionante ver ao seu lado o goleiro lendário comemorando um título internacional.
- Ficamos muito felizes por sermos campeões porque tinha o Taffarel também. Ele era o ídolo de todos, inclusive dos próprios jogadores. Era o símbolo daquele time. Foi especial ser campeão do lado dele - disse.
Contratado em 1995, após ter sido um dos grandes heróis na conquista do tetracampeonato, ao lado do baixinho Romário (também repatriado, só que pelo Flamengo), o jogador havia vencido apenas um Campeonato Mineiro no ano de estreia. Ele defendeu o gol atleticano até o meio de 1998, sendo convocado para defender o Brasil na Copa da França e rumando para o Galatasaray (TUR), após o vice no mundial.
A campanha atleticana na Conmebol de 1997
Primeira fase
3/9/1997 - Portuguesa 1 x 4 Atlético-MG
9/9/1997 - Atlético-MG 0 x 0 Portuguesa
Quartas-de-final
24/9/1997 - América de Cali 1 x 2 Atlético-MG
16/10/1997 - Atlético-MG 1 x 1 América de Cali
Semifinal
22/10/1997 - Universitário do Peru 0 x 2 Atlético-MG
29/10/1997 - Atlético-MG 4 x 0 Universitário do Peru
Final
6/11/1997 Lanús 1 x 4 Atlético-MG
17/12/1997 Atlético-MG 1 x 1 Lanús
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