Mãe de Minotauro e Minotouro vibra com sucesso dos filhos: ‘Orgulhosa’

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Ser mãe de um lutador de MMA não é nada fácil. Mãe de dois, então, é missão para uma guerreira. Mas, não poderia ser diferente. Só mesmo alguém com um coração forte como o de Dona Marina Correia para gerar os irmãos mais guerreiros da história do esporte: Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Responsável por colocar os dois no mundo, a baiana falou ao LANCE!Net sobre o crescimento de seus filhos e recordou inúmeras situações que já viveu junto aos Nogueira. Como toda mãe coruja, Dona Marina, que hoje vive na Flórida, abriu o coração para falar sobre a felicidade que sente ao ver o sucesso dos filhos no mundo das lutas.
Ela veio dos Estados Unidos para passar duas semanas no Brasil e, neste domingo, passará o Dia das Mães ao lado dos filhos, no Rio de Janeiro, onde Rodrigo e Rogério moram.
- Vim passar esses dias por aqui e também para passar o Dia das Mães com eles. Nossa relação é muito boa. Nos falamos sempre por telefone. Sempre que eles podem, vão me visitar na Flórida, ou nos encontramos na Califórnia. É muito bacana ver aonde eles chegaram. Acho que isso é muito bom para o esporte. Eles se destacaram nas artes marciais e estão muito bem. Mais do que isso, estão formando rapazes e jovens que querem seguir os passos deles. Me sinto muito orgulhosa. Queria aproveitar a oportunidade e parabenizar todas as mães do Brasil. Que sejam felizes como eu sou. Sou uma mãe orgulhosa - declarou a mãe, em conversa por telefone com o L!Net.
Quando a reportagem perguntou se ela costuma assistir aos combates dos filhos, Dona Marina ainda confessou que é uma verdadeira "pé-fria". Segundo ela, ver de perto o desempenho de suas crias dentro do octógono do UFC não traz muita sorte aos lutadores.
- Para falar a verdade, eu já assisti a algumas lutas deles indo ao evento. Mas, a verdade é que eu sou meia pé-fria (risos). Na última que fui, o Rogério perdeu. Eu fico muito preocupada. Fico nervosa e prefiro mesmo assitir o vídeo depois, se eles ganharem - revelou.
O dia em que os irmãos Nogueira dançaram
Se hoje os Nogueira são referência quando o assunto é "pensar no próximo", o coração caridoso dos lutadores é o mesmo desde pequenos. Dona Marina lembrou de quando precisou de ajuda para alavancar os negócios de sua academia. Aqueles que hoje são "gladiadores do terceiro milênio", se ofereceram para participar de um festival de dança Flamenca para ajudar a mãe.
- Eles ainda eram pequenos... Uma lembrança boa que tenho aconteceu na academia que eu tinha na Bahia. Houve uma época em que eu tinha de apresentar uma parte do festival de dança flamenca da academia. Na apresentação, tinhamos uma coregografia com luta. Alguém precisava lutar. Foi quando eles me ajudaram e participaram da apresentação, que foi um sucesso - lembrou a mãe.
Como parte da trajetória de uma vida de luta, Dona Marina também teve seus momentos de sofrimento. A fase mais difícil de sua caminhada como mãe foi quando Rodrigo Minotauro sofreu um acidente no qual foi atropelado por um caminhão. Após o ocorrido, Minota, que tinha 11 anos, ficou por quatro dias em coma e teve de ficar internado por um ano para se recuperar. A força do filho mexe com o coração da mãe até hoje.
- Acho que a parte mais triste de nossa história foi o atropelamento do Rodrigo. Aquilo foi muito triste para todos nós. Não sabíamos o que ia acontecer. Com o tempo, vimos o quanto ele foi forte e se recuperou. O que mais me dava alegria era vê-lo quando ele começou a ganhar lutas e lutas nos Estados Unidos. Lutou muito na Flórida... As medalhas e tudo o que ele ia ganhando eram recompensas por tudo aquilo que ele tinha passado - afirmou.
A luta mais marcante
Quando se pergunta a um fã de MMA sobre qual a luta mais memorável de sua vida, muitos respondem que foi o triunfo de Rodrigo Minotauro diante de Bob Sapp, em agosto de 2002, em Tóquio, Japão, no extinto PRIDE. O brasileiro encarou um americano que tinha o dobro de seu tamanho e, após muito apanhar durante o combate, conquistou a vitória com uma chave de braço, para o delírio dos japoneses presentes.
- Foram muitas lutas importantes. Mas, aquela luta foi a que se destacou mais do que todas as outras. Depois que aconteceu, eu tentei assistir a luta toda. Mas, até hoje não consegui. Vejo apenas algumas partes. Nunca consegui ver inteira. Rodrigo lutou com um cara enorme... Foi incrível - disse.
Se dois já era bom, três é demais
Como se já não bastasse o aperto no coração de Dona Marina com os dois filhos se apresentando no UFC, agora ela tem de se preocupar com sua terceira cria. Além de Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, agora é a vez de Juliana Nogueira. A mãe disse que a filha, que atualmente treina apenas jiu-jitsu, quer se aventurar no MMA também.
- Quando os meninos começaram a lutar, foi muito natural. Eles me pediram e a coisa foi acontecendo naturalmente. Fui muito tranquila com a ideia. Eles começaram as artes marciais e aos poucos foram crescendo. Foi bem natural. E agora ainda tem a minha filha, né? Ela quer lutar MMA amador. O coração fica ainda mais preocupado. Mas sei que vai ficar tudo bem - finalizou a mãe.
Dona Marina Correia é mãe de cinco filhos. São eles: Rodrigo, Rogério, Júlio, Juliana e Jamile. A baiana vive em Pompano Beach, na Flórida.
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