Luis Alvaro pede licença de um ano da presidência do Santos
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O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro pediu licença médica de um ano do Santos. A decisão foi anunciada em reunião com conselheiros do clube na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. O vice-presidente Odílio Rodrigues assumirá o comando do Peixe neste período.
Diversos conselheiros, associados e torcedores comuns vinham pedindo a saída do mandatário, que se mostrava irredutível.
Em reunião no último sábado, influentes empresários e conselheiros do Peixe pediram que Luis Alvaro deixasse o comando do clube. A pressão aumentou com o pedido de lideranças da organizada Torcida Jovem, que cobraram sua saída em manifesto e também em reunião. A cartada final e decisiva foi dada pela família do presidente, que preocupada com a saúde dele, convenceu o cartola a se afastar do Alvinegro.
Luis Alvaro assumiu o Santos em 2010 e faturou seis títulos desde então. Em sua gestão - ele foi reeleito em 2011 com mais de 80% dos votos - o Peixe aumentou consideravelmente o número de sócios (hoje tem pouco mais de 50 mil adimplentes), diminuiu a dívida e promoveu mudanças no estatuto, como o limite de reeleições e a instauração do Comitê de Gestão. Por outro lado, amargou a perda do Mundial de Clubes de 2011, a eliminação da semifinal da Libertadores de 2012 e a recente goleada por 8 a 0 para o Barcelona.
Desde o ano passado, o cartola tem enfrentado diversos problemas de saúde, tendo sido internado algumas vezes desde então. Neste período, o vice Odílio Rodrigues assumiu o dia a dia do clube e passou a tormar as principais decisões.
O Comitê de Gestão alvinegro, órgão que comanda o Santos, tem diversos desfalques. Estatutariamente, nove pessoas devem compor o colegiado, que conta com apenas quatro no momento: Augusto Videira, José Berenguer, Luis Fernando Fleury e Odilio Rodrigues.
Leia carta do presidente aos torcedores santistas:
Prezado Santista
Como é de conhecimento público, desde 2011 venho acumulado problemas de saúde que têm comprometido meu dia-a-dia na Presidência do Santos Futebol Clube.
Estes problemas me acompanharam durante um bom período em 2012 e agravaram-se no início deste ano, quando sofri um infarto e outras graves complicações pulmonares – já havia sofrido um em 2003, com conseqüentes quatro paradas cardíacas.
Fiquei internado no Hospital Albert Einstein por 50 dias e, desde então, venho tentado retornar a meu ritmo normal na Presidência do Clube, com muita dificuldade.
Nos últimos dias, aflitas com meu estado de saúde, minhas seis filhas fizeram um apelo comovente para que eu me dedicasse de maneira mais séria a meu tratamento, sob risco de acontecer o pior a qualquer momento.
É fato que o Santos FC precisa de um Presidente que esteja presente em seu dia-a-dia, liderando a reformulação em curso após um período de três anos com seis títulos conquistados, o controle das finanças e a redemocratização de nosso estatuto.
Diante disso, em nome do amor à minha família e ao Santos FC, pedi, neste 15 de agosto de 2013, afastamento pelo período de um ano das funções de Presidente do Clube.
Este prazo deve ser suficiente para a continuidade de meu tratamento de saúde, que prevê várias sessões de fisioterapia no Hospital Albert Einstein e uma série de limitações que impedem minha atuação 100% dedicada ao Clube.
Saio tranquilo por saber que tenho um vice-presidente capaz de liderar o Clube em minha ausência, ao lado dos membros do Comitê de Gestão, e um grupo de funcionários extremamente capazes e dedicados, que transformaram o Santos FC em um Clube de vanguarda no futebol brasileiro com uma série de inovações nos últimos anos.
Muito obrigado a todos e até a volta.
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