João Dias leva provas à Polícia Federal

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O policial militar João Dias Ferreira, delator do suposto esquema de pagamentos de propina ao Ministério do Esporte por ONGs beneficiadas pelo programa Segundo Tempo, voltou a depor nesta segunda-feira na Polícia Federal. Durante quatro horas, apresentou 13 gravações de conversas com membros da alta cúpula do ME, documentos forjados que comprovariam a ocorrência dos desvios, um celular e os nomes de outras ONGs participantes do esquema.
As provas não incriminam diretamente o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que comandou a pasta de 2003 a 2006. Mas Dias garante que os interlocutores sempre frisavam que faziam o trabalho em nome de Orlando Silva. As gravações serão analisadas por perícia e o laudo deverá ficar pronto até o fim da próxima semana.
Em resposta ao depoimento do PM, Orlando Silva pediu para a Polícia Federal anexar as gravações aos inquéritos instalados e disse que vai abrir sindicância para apurar a participação dos membros do Ministério.
Na semana passada, em entrevista à revista "Veja", o soldado acusou o ministro de ser o mandante de um esquema de desvio de recursos que calcula-se que tenha desviado cerca de R$ 40 milhões em oito anos.
Hoje, Orlando Silva voltará à Câmara dos Deputados, desta vez para falar o projeto da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. A audiência está marcada para às 14h30, na Comissão Especial criada para analisar o projeto. A Comissão possui membros de sete comissões e visa a facilitar a passagem do Projeto de Lei 2330/2011 pela Casa. A intenção é a de aprovar o PL na Câmara e no Senado até o fim do ano.
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