Helio Castroneves leva puxão de orelha de Roger Penske
- Matéria
- Mais Notícias
O acidente sofrido por Helio Castroneves durante os treinos livres da Stock Car na última sexta-feira, em Ribeirão Preto (SP), deixou Roger Penske insatisfeito. Apesar de ter liberado o piloto para disputar a sétima etapa da competição nacional, o chefe da equipe do brasileiro na IndyCar ficou preocupado. Afinal, Helinho é o atual líder do campeonato e poderia até ter perdido o resto da temporada.
– Ele não gostou muito não. Perguntou: “Quando você volta?”. Ele nem queria que eu ficasse muito tempo no Brasil. Conhecendo a voz dele, não deu uma bronca, mas foi firme. Tipo: “Olha, agora chega!” – disse Helinho ao LANCE!Net.
Castroneves tinha a liberação da Penske para correr em Ribeirão Preto. Mas o acidente realmente assustou. Durante o treino livre de sexta-feira, ele teve problemas no freio, não conseguiu fazer uma curva e bateu na proteção de pneus. Como resultado, levou três pontos nas pernas (dois na esquerda e um na direita), além de ficar com dores nas costelas, no ombro e no pescoço. Segundo o próprio piloto, até dava para ver o osso da canela após os cortes.
– Não esperava que o carro fosse aguentar uma pancada dessa. Me salvou a vida. Foi muito forte. Brinco que foi a primeira corrida que eu entro e já levo três pontos – disse.
Agora, o brasileiro foca toda sua atenção para o restante da temporada da IndyCar. Com cinco provas para o fim – a próxima corrida será no dia 25, em Sonoma –, ele lidera a competição, com 453 pontos. O neozelandês Scott Dixon vem em seguida, com 422. O piloto da Penske luta pelo primeiro título.
– Estamos bem empolgados. Não vou negar. Mas automaticamente, estamos bem concentrados, sem deixar a empolgação crescer. Sabemos que os outros competidores, ainda mais a Ganassi agora, estão bem fortes. Em Sonoma, a Penske anda forte – avaliou.
Com tempo para se recuperar, Castroneves quer acabar com o jejum. Para deixar o chefe feliz.
CONFIRA UM BATE-BOLA COM HELIO CASTRONEVES:
LANCE!Net: A batida na Stock Car foi a pior que já teve em sua carreira?
Helio Castroneves: Foi. Me tornei um passageiro do carro. O pior foi essa proteção do muro. Tinha perguntado para a organização da prova a respeito daquele muro. Infelizmente, no automobilismo, não só aqui como nos Estados Unidos, eles esperam o ladrão assaltar a casa para depois colocar o cadeado. Foi o que aconteceu.
L!Net: Como funciona o contrato com a Penske na IndyCar para você correr em outras categorias?
HC: Só posso participar de outra corrida com autorização da Penske. Tive essa autorização. Roger (Penske) normalmente não gosta. Mas ele liberou. Ele não sabia que eu estava fora do país. Fiquei até surpreso.
L!Net: Qual sua análise sobre a temporada da IndyCar? Vários pilotos ganharam pela primeira vez no ano.
HC: A categoria está cada vez mais disputada. Mas no fim, a Penske, a Ganassi e a Andretti acabam prevalecendo. Espero que a gente possa faturar esse ano. Tem cinco provas e muito ponto pela frente.
L!Net: Esse ano acaba o jejum?
HC: Toda vez que eu colocar o capacete, vou dar 100%. Espero que agora os ares entrem da maneira correta para a gente faturar.
- Matéria
- Mais Notícias