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Felipe teria de ser levado ao hospital, diz neurologista

Fila de ingressos em São Januário (Foto: Renato Chianello)
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Dia 28/10/2015
04:49

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A decisão dos médicos de deixarem Felipe em campo após o trauma sofrido por uma dividida com Marlos, durante o jogo contra o São Paulo, nesta quarta-feira, no Engenhão, não foi a mais adequada. Desacordado pela pancada, as mãos e os braços do goleiro começaram a tremer, caracterizando uma crise convulsiva pós-trauma. Segundo o neurologista André Gustavo do Carmo Lima, membro da Academia Brasileira de Neurologia, a melhor conduta seria transferir o goleiro o mais breve possível para um hospital e fazer uma tomografia para avaliar o tamanho do trauma no cérebro.

 Médico do Flamengo libera goleiro Felipe para o clássico


- Não tenha dúvida que aquilo que aconteceu caracteriza-se uma crise convulsiva pós trauma. Na minha especialidade, que é a neurologia, digo que ele teve uma crise que justifica que ele tenha um comprometimento no cérebro no momento do trauma. Ele tinha de ter recebido um suporte médico necessário. A conduta ali, neurologiamente, seria levá-lo a um hospital para fazer uma tomografia o mais breve possível para identificar o comprometimento no cérebro - explicou o médico André Gustavo ao LANCENET!.


Felipe desacordado no gramado do Engenhão (FOTO: Cléber Mendes)
 

O lance da lesão aconteceu aos 30 minutos do segundo tempo e chegou a paralisar o jogo por alguns minutos. Dentro e fora de campo as pessoas ficaram apreensivas pelo estado do goleiro no gramado do Engenhão. Depois do ocorrido, Felipe chegou a perguntar se o Flamengo ainda estava ganhando - o gol de Bottinelli aconteceu antes da dividida.

A decisão de deixar o camisa 1 em campo poderia comprometer ainda mais a situação do quadro do atleta. Segundo o neurologista André Gustavo, os médicos do Flamengo sabiam a retaguarda que dispunham, mas não era possível ter uma avaliação detalhada da lesão cerebral sem que seja levado para um hospital.

- Caso houvesse uma lesão, poderia acarretar em uma lesão cerebral muito maior. Ele poderia ter um sangramento. Poderia fazer um hematoma cerebral e esse hematoma poderia evoluir depois. Toda crise convulsiva num paciente pós-trauma tem indicação de investigação o mais breve possível. Ainda mais porque ele teve perda da consciência. E isso só seria possível numa clínica, por uma tomografia. Mas não posso dizer que a decisão dos médicos foi a mais correta ou não. Não sei se isso faz parte do histórico do atleta desde a infância, se ele esqueceu de tomar o remédio. Isso eu não tenho como afirmar - finalizou André Gustavo.

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