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Na Europa, TV fechada domina transmissões

Ronaldinho (Foto: Agência o Globo)
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Dia 27/10/2015
22:18

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A disputa entre canais abertos e fechado é um dos maiores problemas das exibições de jogos de futebol na Europa. Nas ligas nacionais, há monopólio da TV por assinatura em relação aos direitos de transmissão – o que já levou até a mudanças em leis locais.

Na Espanha, a legislação obriga a exibição de um jogo por rodada do campeonato nacional na TV aberta. Em Portugal, a liga é proibida de vender determinada parcela de jogos para os canais fechados.

Há uma semana, o Tribunal Geral da União Europeia determinou que Fifa e Uefa estão proibidas de negociar os direitos de transmissão do Mundial e da Eurocopa apenas para a TV fechada.

Governo argentino 'tomou' direitos de TV

A Argentina também viveu recente polêmica em relação a direitos de TV. Em 2009, a Associação do Futebol Argentino (AFA) rompeu unilateralmente o contrato televisivo que tinha com o Grupo Clarín para negociar com o governo federal. Hoje, todos os jogos do campeonato nacional são transmitidos ao vivo em uma emissora pública.

Na época, o sindicato local de jogadores promoveu uma greve generalizada por conta de atrasos salariais. Os clubes, no entanto, não tinham como quitar os débitos devido à complicada situação financeira do futebol argentino. A dívida dos participantes da Primeira Divisão chegava a R$ 430 milhões. O governo interveio no caso: ofereceu 600 milhões de pesos (R$ 249,4 milhões) pelos direitos de TV do campeonato por temporada. A promessa – cumprida – foi de que o calendário fosse ajustado para que todas as partidas do campeonato tivessem transmissão ao vivo.

O Grupo Clarín, então detentor, pagava 268 milhões de pesos (R$ 111,4 milhões). A AFA não pensou duas vezes e acertou a oferta superior, deixando o maior grupo editorial do país a ver navios.

De cara, o governo ainda adiantou 40 milhões de pesos (R$ 16,6 milhões) para que os salários dos clubes em atraso fossem pagos. Assim, o campeonato pode começar.

Real e Barça toparam redução

Real Madrid e Barcelona ainda seguem o antigo procedimento dos gigantes italianos: negociam individualmente os direitos. Porém, passarão em breve a fazê-lo coletivamente. A pressão sobre ambos é enorme, principalmente pela disparidade de valores em relação aos demais clubes.

Juntos, Real e Barça faturam 45% de toda a receita de TV de Primeira e Segunda Divisões da Espanha. Cada um leva 140 milhões de euros (R$ 322,4 milhões) – praticamente 12 vezes mais do que os menos favorecidos da elite.

Pelo novo acordo, os dois gigantes passarão a dividir 34% das receitas. Os novos valores vigorarão a partir da próxima temporada.

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