Dirigentes ignoram Sul-Americano Sub-20. Leia

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Se o prestígio de uma competição for medido pela presença de autoridades, o do Sul-Americano Sub-20 está muito baixo.
Desde o início da competição, nenhum dirigente importante do futebol do continente deu as caras no Peru.
Nicolás Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não tem nem
confirmada a sua vinda para a rodada final. Por meio de seu porta-voz, o paraguaio informou que sua viagem para Arequipa ainda está sendo estudada.
O mais alto cartola da Conmebol em terras peruanas é Romer Osuna, tesoureiro da entidade e diretor-geral da competição. Osuna, no entanto, se recusa a conceder entrevistas sobre quaisquer assunto.
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A ausência da cartolagem não se limita à entidade sul-americana. A representação das confederações nacionais é pífia. Os únicos presidentes que pintaram no torneio foram Luis Chiriboga Acosta, presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Bedoya, da
Colômbia, e Manuel Burga, da Federação Peruana.
Ricardo Teixeira e Julio Grondona, representantes máximos de Brasil e Argentina parecem não ter dado muita importância à competição que qualifica ao Mundial e aos Jogos Olímpicos de 2012.
No caso brasileiro, não há um só dirigente do alto escalão da CBF, e a tendência é de que o cenário siga inalterado até o final. O presidente da CBF está em Paris, local do amistoso contra a França. Grondona esteve em Genebra para seguir o jogo entre Argentina e Portugal. Os argentinos são representados por Humberto Grondona, sub-diretor de seleções argentinas.
Ao menos, apenas os jogadores aparecerão na foto do título.
ALTO CUSTO
Apesar da baixa audiência dos principais cartolas sul-americanos, a Conmebol investiu uma
quantia considerável no torneio. A estimativa é de que apenas com as seleções do continente a entidade tenha gasto U$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 2,5 milhões). A Conmebol custeia até 28 pessoas de cada uma das dez delegações presentes.
O número excedente fica a cargo das confederações. Em um dado momento do torneio, por exemplo, o staff brasileiro (somados jogadores, comissão técnica e pessoal administrativo) somou 45 integrantes, 17 a mais do que a cota da Conmebol. A Seleção Brasileira conta até com cozinheiro em seu grupo de trabalho.
O retorno financeiro da Conmebol é oriundo do contrato de televisão e da publicidade estática dos gramados, ambos comercializados pela empresa argentina Full Play.
Os valores, no entanto, são mantidos sob sigilo entre as partes.
– Não sei dizer se a Conmebol terá prejuízo – disse um dirigente que pediu para não ser identificado.
A Federação Peruana de Futebol, que pagou para sediar o torneio, leva o bolo vindo das bilheterias do Sul-Americano Sub-20. Como o público nos estádios minguou após a eliminação dos donos da casa, esse valor é inexpressivo.
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