Diretoria protege os jogadores e Doriva corre contra o tempo
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A derrota da última quarta-feira, da forma desastrosa como ocorreu para a Ponte Preta, em casa, exigiu medidas diferentes para a crise não se instalar de vez em São Januário. Como o Vasco demonstrou descontrole emocional e foi vaiado pela própria torcida, que ainda gritou o irônico "olé", os jogadores foram blindados. Não houve entrevista coletiva após o treino leve da última quinta-feira, dia em que São Januário esteve fechado. Mais que isso, o presidente do clube, Eurico Miranda, num ato raro, assistiu à atividade de ontem. O mandatário, em tom ameno, conversou com os atletas e demonstrou confiança no trabalho.
Trabalho este que vinha sendo realizado com êxito até a conquista do Campeonato Carioca, mas que, desde aquele segundo jogo da final, sofreu grave interrupção. Já são sete jogos sem vitória. No Brasileiro, cinco partidas: três empates e duas derrotas. Um gol feito e sete sofridos. Seis nas duas últimas rodadas.
É preciso haver um reencontro com as vitórias, mas os próximos adversários são o Atlético-PR, líder do campeonato, e Cruzeiro, atual bicampeão. E Doriva tem pouco tempo para ajustar um time que não terá três jogadores suspensos (Jordi, Guiñazú e Gilberto). O treinador ainda prometeu novidades, e tem só o treino desta sexta-feira para trabalhá-las:
– É uma derrota lamentável, mas não podemos fugir da responsabilidade. Temos que buscar forças e recuperar os atletas, pois é uma competição dificílima. Não estamos felizes com nosso retrospecto, mas vamos buscar alternativas.
O técnico vem recebendo reforços e conta com a confiança da diretoria. Em repetidas aparições na imprensa, Eurico chama para si os holofotes e garante o comandante da equipe no cargo.
Tudo isso já protegia o treinador, que tem à disposição um elenco numeroso, mas contestado. Agora, a proteção à equipe fica evidente, mas a zona de rebaixamento é, a cada rodada, uma realidade mais assustadora para o torcedor.
É PRECISO ACHAR SOLUÇÕES
Sem Jordi, que ocupava a vaga de Martin Silva (com a seleção uruguaia), Charles entra. Thalles pode ocupar o lugar de Gilberto, que também foi expulso. Após o terceiro cartão amarelo, Guiñazú deve dar lugar a Serginho, que pode voltar ao time. Tudo isso se ocorrer apenas o óbvio.
Existe uma clara proteção para o trabalho desenvolvido em campo voltar a dar bons frutos. Existem problemas a serem resolvidos, e a boa fase precisa retornar. O tempo é inimigo, mas a 18ª posição não pode ser aceita.
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