Cuquinha: o homem de confiança do técnico Cuca

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Quem assistiu à partida entre Atlético-MG e Santos, na semana passada, certamente enalteceu as alterações táticas de Cuca. Porém, Cuquinha e Eudes Pedro, que compõem a comissão técnica, contribuíram nas modificações.
A reportagem do LANCE!NET assistiu ao duelo contra o Peixe ao lado da dupla que auxilia o treinador. Ambos se posicionaram nas cadeiras da Arena do Jacaré para terem uma melhor visão do confronto.
– Até procuro uma boa posição dentro do estádio, mas às vezes, o lugar em que podemos ficar não é o melhor. Tem jogo que eu fico atrás do próprio banco de reservas do Atlético, o que não é o ideal. Sempre procuro o melhor lugar para poder olhar o posicionamento das duas equipes. Preciso estar bem posicionado para orientar o Cuca em qualquer momento da partida – disse Cuquinha, irmão do treinador atleticano, em exclusiva ao L!NET.
Durante o jogo, Cuquinha se manteve em contato o pessoal do banco de reservas. O preparador físico Manoel dos Santos foi a ‘ponte’ entre o auxiliar técnico e o seu irmão. Eudes Pedro também fez anotações para saber quais seriam as melhores alternativas para o confronto:
– Eu e o Eudes tiramos as dúvidas que o Cuca tem. Quando vem uma questão lá debaixo, entram em contato conosco. Eles nos consultam para saber qual o melhor momento para colocar um atleta ou o que mudar em campo. Estudamos muito antes de cada jogo para saber quais substituições devem ser feitas. Porque podemos ter imprevistos. Ao longo do dia, elaboramos o que pode ocorrer para não sermos surpreendidos.
Reforços passam por aval de Cuquinha
Pierre foi sugestão de Cuquinha (Foto: Gil Leonardi)
Além de ajudar na armação da equipe e orquestrar algumas substituições, Cuquinha também contribui no momento de contratar.
O auxiliar técnico explica que, em todos os clubes que trabalhou com o seu irmão, o ajudou a encontrar bons reforços. No Galo, Pierre e Carlos César são bons exemplos da influência de Cuquinha.
– Sempre participo das contratações juntamente com o Cuca. Ele me fala o nome de algum jogador e começo a acompanhá-lo pela televisão ou até mesmo através de amigos que tenho em outros estados. Passo para ele as virtudes e os defeitos de cada atleta – revelou.
Paceria que transcende o campo
A parceria entre Cuca e Cuquinha já vem de muito tempo. Os dois irmãos fizeram o primeiro trabalho juntos na época em que o treinador esteve à frente do Avaí, na temporada de 1999. O único clube que o comandante não contou com o seu familiar na comissão técnica foi o Uberlândia.
– Estou trabalhando com o Cuca há muito tempo. Só não estive com ele na primeira equipe que ele treinou (Uberlândia). Então, estive presente em momentos complicados – comentou o auxiliar técnico do Atlético.
Devido ao grande tempo que passaram juntos, ambos sabem a capacidade que têm quando trabalham em conjunto. Por isso, Cuquinha reconhece que há otimismo em escapar do rebaixamento à Série B.
– Sei o quanto é difícil lutar contra o rebaixamento. Temos confiança e sabemos que tudo vai dar certo aqui no Atlético. Não podemos ficar nervosos enquanto estivermos trabalhando. Temos de transmitir confiança para todos. Pegamos equipes em momentos complicados, ou até mesmo piores do que esse, e obtivemos êxito na maioria das situações – finalizou.
Bate-bola (Cuquinha, em entrevista exclusiva ao LANCE!NET)
LANCE!NET: Como define o trabalho feito por você e pelo Eudes Pedro?
Cuquinha: Antes de cada partida, eu e o Eudes ficamos aqui na Cidade do Galo para analisarmos o adversário. Então, explicamos para os nossos jogadores o que teremos de fazer no momento do jogo. Por exemplo, contra o Santos, eu conversei e expliquei o que faríamos para anular o Neymar, o Borges. Se um jogador não desse conta, colocaríamos outro para ajudar na marcação. Foi o que fizemos. O trabalho é esse, temos de dar suporte ao Cuca.
L!NET: Vocês estão confiantes nesse momento complicado do Atlético?
Cuquinha: Os torcedores nos vêem sorrindo e acham que estamos felizes, mas não. Estamos sorrindo, porque Temos confiança e sabemos que tudo vai dar certo aqui no Atlético. Não podemos ficar nervosos enquanto estivermos trabalhando. Temos de transmitir confiança para todos. Pegamos equipes em momentos complicados, ou até mesmo piores do que esse, e obtivemos êxito na maioria das situações.
L!NET: Como é feita a avaliação das contratações?
Cuquinha: Aquele atleta que se encaixar dentro das necessidades do clube, eu acabo indicando. Então, foi assim com o Carlos César, o Pierre, o Triguinho... A maioria corresponde, pode até demorar, mas corresponde, porque nós escolhemos a dedo. Não fazemos nada por fazer. Temos um critério. Às vezes, nós erramos, porque é normal errarmos, mas acertamos na maioria delas.
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