Criciúma: Capital nacional do foguetório

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A vitória do Criciúma sobre a Chapecoense, por 1 a 0, no primeiro jogo da final do Catariense no domingo passado teve ajuda da arquibancada.
Não apenas no apoio durante os noventa minutos, mas pelo foguetório provocado pela torcida do Tigre nas proximidades da concentração do rival, que durou cerca de quatro horas, na madrugada que antecedeu a partida decisiva do campeonato estadual.
O fato não é novidade na cidade. No jogo contra o Macaé, que garantiu o acesso do Criciúma à Série B do Brasileiro no ano passado, os torcedores também bombardearam os adversários na véspera do jogo. Por precaução, a equipe carioca ficou hospedada na cidade de Orleans, há 38 quilômetros de Criciúma. Mas o foguetório foi intenso.
Na ocasião, foram 30 pessoas envolvidas para provocar uma sessão de seis horas de fogos, com intervalos de uma hora para cada explosão, nas proximidades do hotel.
Três torcedores do Criciúma ficaram hospedadas no mesmo local em que estava o Macaé. Os "intrusos" passavam informações para os que outros envolvidos na operação não corressem riscos de serem pegos pela polícia.
A Chapecoense optou por ficar em Criciúma, próximo do Estádio Heriberto Hülse, e acabou sofrendo mesmo antes de a bola rolar.
Sem vingança
O técnico da Chapecoense, Mauro Ovelha, lamentou o fato e espera que não se repita no jogo de volta.
- Achei que não existia mais isso de ficar até às 4h soltando foguete dentro do hotel. Espero que não aconteça em Chapecó - disse o técnico ao site futebolsc.com.
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Operação Macaé
0h - saída de Criciúma
Hóspedes dão 'Ok' e saí o 1º carro com destino a concentração do Macaé em Orleans
1h - explosão Nº1
Torcedores fazer a 'tarefa' e retornam a Criciúma. Segundo carro saí neste momento com
destino a Orleans.
7h - explosão Nº7
Última bomba que explodiu foi já no café da manhã do dia do jogo.
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BATE-BOLA
Bill, lateral esquerdo do Macaé
Como foi o foguetório que a torcida do Criciúma fez no hotel do Macaé, na Série C de 2010?
Foi muito estranho. Soltaram uma remessa, achamos que iria acabar, e depois veio uma sequencia forte. No dia seguinte, todo mundo estava incomodado com o foguetório.
Você acha que isto atrapalhou o desempenho de dentro de campo?
Acredito que não. No futebol tem gente que faz de tudo, né? A sorte que deu uma acalmada depois de um tempo e eu consegui dormir.
Você já passou por alguma outra situação parecida?
Em 2003, jogando pelo Marília, fomos para Recife enfrentar o Sport. Era decisivo. Lá foi complicado. A torcida deles aprontou e tivemos que ir para um hotel um pouco mais afastado.
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COM A PALAVRA
Raphael Bózeo, setorista do Macaé em 2010 e estagiário do L!
Os torcedores do Criciúma não cogitavam perder a vaga na Série B para o Macaé e deixaram claro que iriam fazer a parte deles. Os macaenses não dormiram com os fogos
durante a madrugada. A diretoria do clube optou por ficar em Orleans e houve uma confusão interna entre os dirigentes pela escolha do lugar. Houve carreata comemorando o acesso antes da partida.
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Criciúma joga pelo empate na final do Catarinense
O Criciúma precisa apenas de um empate contra a Chapecoense, no próximo domingo, às 16h, no Estádio Índio Condá, em Chapecó, para ser Campeão do Campeonato Catarinense, pois venceu o primeiro jogo da decisão por 1 a 0, no Heriberto Hülse, em Criciúma.
Já a Chapecoense precisa de uma vitória simples para ficar com o título estadual. Por ter melhor campanha na primeira fase, o time de Chapecó tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais, além de decidir o campeonato jogando em casa.
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