Copa do Mundo feminina: EUA goleia Japão e é tricampeão
- Matéria
- Mais Notícias
Na final da Copa do Mundo feminina, que se realiza no Canadá, os Estados Unidos fizeram um início de partida fantástico, enquanto o Japão - que lutava pelo bi - errava tudo. Em apenas 13 minutos, o time americano já vencia por 4 a 0, com direito a três gols da camisa 10 e capitã Lloyd, um deles histórico, do meio de campo. No fim, as americanas fecharam o placar em 5 a 2 e retomaram a hegemonia que haviam perdido para as japonesas na edição de 2011, quando as nipônicas venceram o Mundial nos pênaltis.
O início do jogo viu um branco total das japonesas, o que foi inesperado para uma seleção que vencera seus seis jogos anteriores. Elas cometeram quatro falhas infantis e viram as americanas aproveitarem todos os vacilos. Logo aos três minutos, após escanteio, Lloyd se antecipou em cima da marcação de Iwashimizu. Dois minutos depois, após uma cobrança de falta na qual a bola foi levantada na área, a zagueira japonesa Iwashimizu não rechaçou e Lloyd, um pouco sem jeito, completou para o gol.
Aos 14, após um chutão das americanas para o ataque, de novo Iwashimizu voltou a se enrolar toda: sozinha, cabeceou para cima e para trás, dando tempo para Holiday chegar na bola e pegar de primeira sem chance para a goleira Kaihori.
Dois minutos depois, totalmente nocauteadas, as japonesas levaram um gol raríssimo. Depois de ver a sua defesa recuperar a bola, Lloyd recebeu na linha do meio de campo, viu a goleira Kaihori muito adiantada, quase na linha da grande área, e chutou por cobertura. A camisa 18 japonesa ficou vendo a bola se aproximar e tropeçou, não conseguindo espalmá-la direito: Estados Unidos 4 a 0.
Aos 27 minutos, Ogimi recebeu na área, bateu de virada e fez um belo gol diminuindo o placar e acabando com a invencibilidade de exatos 540 minutos da belíssima goleira americana Hope Solo (só levara gol na estreia para a Austrália, curiosamente também aos 27 da primeira etapa).
Isso deu um respiro para o time japonês. O treinador Norio Sasaki resolveu fazer duas substituições ainda na primeira etapa para dar maior força ofensiva. Uma das que saíram foi Iwashimizu para a entrada da veterana meia Sawa (de 36 anos). Na hora da substituição um momento emocionante. A zagueira que falhou em dois gols saiu chorando e foi consolada por todas as companheiras e pelo técnico.
O segundo tempo começou elétrico. O Japão se lançou ao ataque. Aos sete minutos após um levantamento para a área, a zagueira Johnston tentou rechaçar e marcou contra. Com 4 a 2 no placar, o Japão estava prestes a se animar para buscar o resultado, mas levou o quinto gol dois minutos depois numa nova falha defensiva em lance de bola parada, como ocorrera nos três primeiros gols: após escanteio, a bola ficou passeando pela área até encontrar Heath, que tocou para a rede.
Daí para a frente o jogo seguiu em aberto, com boas chances para ambas as seleções. Mas o placar permaneceu inalterado. Nos 15 minutos finais, o Japão jogou a toalha. Não dava mais para tentar tirar a diferença. Estados Unidos tri.
Os Campeões:
1991 (China) - Estados Unidos (2º Noruega, 3º Suécia, 4º Alemanha)
1995 (Suécia) - Noruega (2º Alemanha, 3º Estados Unidos, 4º China)
1999 (Estados Unidos) - Estados Unidos (2º China, 3º Brasil, 4º Noruega)
2003 (Estados Unidos) - Alemanha (2º Suécia, 3º Estados Unidos, 4º Canadá)
2007 (China) - Alemanha (2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Noruega)
2011 (Alemanha) - Japão (2º Estados Unidos, 3º Suécia, 4º França)
2015 (Canadá) - Estados Unidos (2º Japão, 3º Inglaterra, 4º Alemanha)
- Matéria
- Mais Notícias