Chulapa condena racha político do Santos e diz que aceitaria Oswaldo
- Matéria
- Mais Notícias
O veto do Comitê de Gestão do Santos à decisão do presidente Modesto Roma Júnior de contratar o técnico Oswaldo de Oliveira foi o estopim de um racha político que se instalou nos bastidores do clube, com as saídas de quatro dos sete membros do colegiado responsável pelas decisões do futebol. Marcelo Fernandes e Serginho Chulapa, que dirigem o Santos desde a oitava rodada do Paulistão, só participaram de uma etapa deste processo de troca de técnico que se transformou em crise interna: quando ouviram do presidente que Oswaldo assumiria o comando.
- Caímos na quinta e assumimos de novo na sexta-feira, já viu isso? - brincou Chulapa, que foi o técnico interino do Peixe na vitória por 1 a 0 diante do Corinthians, neste domingo, com Marcelo Fernandes suspenso.
Modesto acertou todos os detalhes com Oswaldo durante a quinta-feira, e até enviou o superintendente de esportes Dagoberto Santos para assinar com o novo treinador no dia seguinte. Em reunião na tarde de sexta, porém, os sete membros do Comitê decidiram vetar o nome de Oswaldo por não terem sido consultados sobre o interesse. Assim, Marcelo Fernandes e Chulapa seguiram no comando, mesmo depois de já terem aprovado a chegada do ex-técnico do Palmeiras.
- Se o Oswaldo viesse a gente ia ficar feliz ele seria bem recebido. Na época fiquei feliz que acertaram com ele, que é um cara extraordinário. Só não poderia vir outro pilantra para cá. Se viesse eu ia ficar na minha, não sei como seria. Porque tem muito treinador vagabundo, que traz pai, mãe, filho, avô para a comissão. Ao Oswaldo a gente ia dar força, mas não aos aventureiros que só querem encher o saco aqui - disse Chulapa, demonstrando irritação antes de completar:
- O Marcelo de treinador e eu de auxiliar não devemos para ninguém, para nenhum desses treinadores que ganham R$ 500 mil, R$ 600 mil, R$ 1 milhão. Eles não sabem mais que a gente. Nós caímos na quinta e teve mil ligações de empresários oferecendo treinador para o Santos. Eu gostaria de falar muita coisa sobre isso, mas já estou cheio de processos e não quero mais. Não tem ética no futebol e sempre vai ser essa porcaria.
Serginho Chulapa disse que "não pode responder" sobre Modesto ir atrás de Oswaldo outra vez após as saídas de quatro membros do Comitê de Gestão. Ainda assim, espera que a união supere o racha político que atinge a diretoria alvinegra.
- O mais importante é que a gente torce para o pessoal se entender fora daqui: gestores, diretoria, é todo mundo junto. Não adianta um querer fazer uma coisa e o outro querer fazer outra. Isso reflete dentro de campo e a gente torce para que se unam. Mas se o Oswaldo realmente vier ele vai ser bem recebido - disse.
- Matéria
- Mais Notícias