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Pelo o que se viu nesta sexta-feira, Seedorf está pronto para ser o craque de sempre contra o Sport, neste domingo. No campo anexo do Engenhão, em coletivo, o meia trabalhou entre os titulares pela primeira vez após lesão recente na coxa direita, atuou bem e não poupou o time de cobranças. Inclusive, em chamada dura, o holandês teve uma discussão com Antônio Carlos por cerca de dez segundos após inversão de bola ruim do companheiro para Márcio Azevedo. Porém, o fato foi minimizado como polêmica e exaltado como exemplo de disposição.
Seedorf não aprovou um lançamento de Antônio Carlos e gritou com o camisa 3, que estava longe e retrucou aumentando também o tom de voz, pedindo para que o meia ajudasse na marcação. Todo esse episódio foi comentado por Oswaldo de Oliveira, que usou o bom humor para acabar com qualquer tipo de problema na questão.
– Como diz o Seedorf, depois que toma banho, todo mundo volta a ser amigo – analisou o técnico.
Esse tipo de bronca é encarado pelos jogadores como algo natural do apoiador, uma situação que demonstra a vontade dele de vencer.
– Isso não cria animosidade, é uma coisa comum entre eles (jogadores). É normal que a discussão aconteça, até pela experiência que tem o Seedorf. É importante que aconteça – destacou o treinador.
Seedorf e Antônio Carlos batem boca em treino
A forte personalidade de Seedorf já não é mais novidade para o elenco. O meia, reconhecido pela seriedade nos clubes por onde passou, chegou ao Botafogo em julho e logo pediu que os jogadores abolissem o pagode no vestiário antes dos jogos. Já em outubro, em um treino, ele se irritou com Márcio Azevedo por falha na marcação e arremessou um copo no chão. Uma questão de estilo, mas que se destaca.
– Existem outros atletas que cobram, mas é que com Seedorf chama mais atenção – disse Oswaldo.
COMO FOI A DISCUSSÃO
Antônio Carlos estava com a bola, puxando o time para o ataque, pela direita, quando tentou inverter uma jogada para Márcio Azevedo e errou, colocando a bola à frente do alvo desejado e dando contra-ataque. Seedorf, por sua vez, reprovou o zagueiro pelo risco corrido pela jogada.
Seedorf se encontrava perto do meio de campo quando reclamou, enquanto Antônio Carlos estava na própria área. Com isso, o camisa 10 gritou com o defensor, que não gostou das críticas e aumentou também o tom de voz. O bate-boca durou dez segundos e acabou sem intervenção alheia.
- Cobranças e pedidos de Seedorf:
Irritação no treino
No dia 4 de outubro, após um treino em Saquarema, Seedorf cobrou empenho da defesa nos treinamentos. A irritação foi tanta que ele até jogou um copo no chão.
Derrota para o Galo
Após sofrer um gol no fim para o Atlético-MG e perder por 3 a 2, o astro reclamou muito da falta de atenção do time. Na época, o Galo era líder do campeonato.
Sem pagode
Seedorf pediu para que o pagode fosse cortado do vestiário antes dos jogos. A meta era melhorar a concentração. Ele ouviu o pedido de alguns para ter paciência e acatou.
Copo na mão
O holandês costuma falar sobre a importância do cuidado com o corpo. Ele, inclusive, já levou copo com suplemento para jogadores que não têm o hábito do consumo.
Foto dos atuais
O Engenhão tinha fotos de ex-jogadores como Loco, Herrera e Maicosuel. Seedorf pediu para mudar e colocar de jogadores do elenco e logo foi atendido.
Capitão sem faixa
O espírito de liderança de Seedorf é sempre exaltado. Uma das provas de que pensa no grupo é que o capitão é Jefferson e o astro não tem meta de ocupar o posto.
- Com a palavra:
Raphael Bózeo
Repórter do Núcleo Botafogo, do LNET!
"Cobrança tira grupo da zona de conforto"
As cobranças diárias de Seedorf aos companheiros fazem com que eles se empenhem e saiam da zona de conforto. O craque não permite que os jogadores encarem os treinos com desleixo, e quer empenho total em qualquer atividade. Conversei com vários jogadores e todos citam a cobrança dele como positiva. Por mais que alguns possam se sentir incomodados, ela faz com que até os que não gostam se movam para dar um algo a mais pelo Botafogo.
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