Brasileirão feminino terá início sem certeza de continuidade
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O Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino começa nesta quarta sem a certeza de que terá uma edição em 2014. Apesar da CBF ser a responsável pela escolha dos times participantes, confecção do regulamento e tabela, ficará a cargo da SportPromotion viabilizar o campeonato a longo prazo.
Há quatro meses, CBF e empresa de marketing esportivo assinaram um contrato para que a SportPromotion assuma a viabilidade e organização do Brasileirão feminino durante três anos, renováveis por mais três. Esta é a mesma empresa que organizava a Série B.
A viabilização do Brasileirão feminino de 2013 só foi possível após a confirmação do patrocínio da Caixa Loterias, que vai injetar R$ 10 milhões na competição. No montante estão os naming rights do campeonato, patrocínio master em todos os uniformes e placas de campo. Mesmo com o apoio do governo federal, que intermediou o acordo, a conta ainda não deve fechar. Segundo estimativa da organizadora, serão necessários R$ 13 milhões para arcar com todas as despesas.
– Fazer um campeonato com 32 times seria o ideal. Mas entre fazer com 20 e não fazer, preferimos fazer – afirmou Antônio Nascimento Filho, secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte.
A CBF quer colocar o Campeonato Brasileiro feminino no calendário, apesar de não ter sido clara sobre como fará isso:
– Essa era uma situação de pegar ou largar. Em 2014, a ideia é formar um grupo de trabalho pequeno para operarmos em uma linha maior – prometeu Virgílio Elísio, diretor de competições da CBF.
A Caixa Loterias está ainda avaliando se vai patrocinar edições futuras, mas há otimismo de que o banco feche por um longo prazo.
Bate-Bola
Aldo Rebelo - ministro do Esporte
Como fazer para atrair os times de camisa para o futebol feminino?
Não tenho receita. Creio que se houver um calendário que atraia patrocinadores isso vai chamar a participação e o retorno destes clubes. Tem que se oferecer perspectiva, valorizar e reconhecer aqueles que investem neste esporte.
Não preocupa que não haja planejamento para edições futuras?
Não tenho essa visão pessimista. Hoje está sendo lançada a base sob a qual se estabaleçam competições futuras. Vamos realizar este campeonato, fazê-lo bem e talvez este passe a ser o modelo a ser desdobrado. Talvez até com outra configuração, mais longo.
Qual a importância de existir um campeonato como este para a formação de atletas?
É um esforço de valorizar socialmente as atletas. Precisamos dar dignidade e recursos a quem pratica o futebol feminino, porque dedicação a gente sabe que elas têm. Para uma menina, é mais complicado começar a jogar futebol. Na escola mesmo praticar esporte é coisa mais de menino do que de menina. Então, elas têm muita determinação para enfrentar muitos preconceitos e obstáculos.
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