Bota planeja proposta por Tanaka, que viverá dilema

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O Botafogo deve fazer nova proposta para contratar o zagueiro Tanaka, mas a participação do jogador no processo será fundamental para que o final seja feliz. A provável investida do Alvinegro será no meio do ano e o maior empecilho é a idolatria que ele tem no Nagoya Grampus, do Japão, clube no qual atua desde 2010.
O brasileiro naturalizado japonês tem 30 anos e é o principal jogador do elenco. O relacionamento dele com o clube transcende o futebol, já que é o grande ídolo da torcida. Há todo um cuidado para que não haja uma mancha no adeus. Além disso, está totalmente adaptado à Terra do Sol Nascente, onde atua há 14 anos e goza do prestígio nacional, com uma Copa do Mundo no currículo pela seleção.
Blog Ninguém Cala: Vale a pena insistir para contratar Tanaka?
Uma nova tentativa deixa o jogador em um dilema. Se aceitar a proposta, vai jogar pela primeira vez no Brasil e realizará uma vontade pessoal e de sua família, que reside em Palmeira D‘Oeste, no interior de São Paulo. Porém, terá que abrir mão do que construiu no outro lado do mundo. Embora tenha desejo de retornar, ele adota muita cautela para não manchar sua imagem.
O gerente de futebol do Botafogo, Anderson Barros, falou ao LANCENET! que o clube vai esperar o momento certo para fazer a proposta.
– A situação do Tanaka é complexa. A idolatria dele é muito grande em Nagoya. Vamos fazer a investida na hora ideal – revelou.
O contrato dele terminará no fim de 2013 e o valor da rescisão é de R$ 1,7 milhão, quantia que não é problema. Os R$ 2,2 milhões que não foram usados para ter Rojas estão na manga.
Insistência tem sido marca registrada
O Botafogo tem adotado a postura de insistir em jogadores que julga interessantes. Isso pode ser fator positivo para contratar Tanaka.
Foi assim com Andrezinho e Fellype Gabriel. O primeiro é sonho do clube desde antes do Brasileiro do ano passado, mas a negociação só foi se concretizar nesta temporada. Já Fellype manteve a forma no Alvinegro em março de 2011, por conta de terremotos no Japão. Na época, o clube tentou a contratação, mas foi barrado por Oswaldo de Oliveira, à época técnico do Kashima Antlers, time do meia.
A amizade entre o treinador e Tanaka é um ponto a favor que pode pesar na negociação. O comandante manteve contato com o zagueiro no início do ano para convencê-lo a voltar para o Brasil. Embora não tenha treinado Tanaka, ele tem o respeito do jogador. Quando a proposta for enviada, o contato entre eles vai aumentar.
- Bate-Bola:
Paulo Tanaka
Pai do zagueiro Marcus Túlio Tanaka, exclusivo ao LANCENET!
Seu filho tem vontade de jogar no futebol brasileiro?
Ele tem muita vontade, sim. Se dependesse dele, viria para o Botafogo. Mas são muitas coisas envolvidas, ele respeita muito o clube e os contratos que faz.
Como é a amizade dele com o Oswaldo de Oliveira?
Apesar de não terem trabalhado juntos, eles são muito amigos. Túlio fica até preocupado em desapontá-lo com essa situação.
E você e sua esposa gostariam que ele voltasse para o Brasil?
A gente sente saudade e queríamos que isso acontecesse. Queremos o melhor para ele. Se ele voltar, ficaremos muito felizes.
- Com a palavra:
Anderson Barros
Gerente de futebol do Botafogo, exclusivo ao LANCENET!
"É complicado porque é um ídolo no Japão"
Oswaldo conversou com a diretoria quando chegou ao Botafogo, no início do ano, e disse que tinha um interesse muito grande no Tanaka. Entendemos que se ele avaliou assim, seria o melhor para o clube. Tentamos a primeira investida e detectamos que uma série de fatores fizeram com que a negociação não se concretizasse na oportunidade.
Não é a questão de que ele está adaptado, ou da vontade dele. O Tanaka é muito querido em Nagoya. Chegou um momento que até ele acreditava que as coisas poderiam andar de forma positiva. Mas quando fomos lá, vimos que a idolatria é enorme. Ele é mais que um jogador. Sua imagem tem participação no principal patrocinador do time, por exemplo. Não foi, nem é fácil. Como é um jogador que interessa, vamos aguardar o momento certo para tentar mais uma vez.
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