Atlético-MG lança plano de sócio-torcedor

O Atlético-MG lançou, na manhã desta quinta-feira, o seu plano de sócio-torcedor, chamado 'Galo na Veia'. No evento, realizado na Sede de Lourdes, o presidente do clube, Alexandre Kalil, informou que o programa em questão foi obra de uma equipe específica do Galo, formada por Adriana Branco, diretora executiva, Carlos Fabel, diretor financeiro, Marcelo Machado, advogado e José Luiz Naves, editor do site oficial do clube. De acordo com Kalil, ele próprio não participou diretamente da formulação do programa.

Os torcedores que aderirem ao plano vão adquirir um cartão, onde terão seus nomes inscritos. Com ele, os sócios vão poder adentrar no estádio Independência a partir da primeira partida do time pelo Brasileirão, contra o Corinthians, no dia 27 de maio. Basta que o atleticano passe o cartão na catraca para que o sistema libere a sua entrada. Assim que a primeira mensalidade for paga, o atleticano já poderá entrar no campo, sem ter o trabalho de se locomover até a bilheteria para adquirir o ingresso, que estará incluído na mensalidade, que tem preço único de R$200,000, mais a taxa de adesão, de R$35,00, que já pode ser feita através do site oficial do Galo.

A carga inicial será de 5.300 sócios, mas poderá ser expandida conforme a procura for crescendo. Por enquanto, os assentos destinados ao plano são os do setor 'Insmênia Tunes Especial', que fica entre a arquibancada superir e inferior do estádio do Horto. O plano terá validade de um ano, até o Mineiro de 2013. Até lá, todas as competições em que o Atlético fizer parte estarão incluídas no programa. Além disso, o torcedor vai poder adquirir um cartão de crédito e poderá acumular pontos com ele. Essa pontuação poderá ser trocada por até mil itens, como visitas ao CT e viagens com a delegação. Esses benefícios poderão ser adquiridos conforme o torcedor participe de campanhas do clube, compareça aos jogos, compre produtos no shopping virtual, na Loja do Galo e em redes credenciadas e, é claro, pagando a mensalidade em dia. O detalhe interessante é que todo sócio-torcedor terá o sobrenome 'Galo' ao final de seu nome presente no cartão.

De acordo com o presidente Alexandre Kalil, o plano de sócio só saiu agora, pois o clube esperava poder contar com um estádio em Belo Horizonte. Como o time estava mandando seus jogos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, há dois anos, não fazia sentido que o programa fosse criado anteriormente.

- Desde o dia em que eu entrei aqui me perguntam a respeito desse negócio de programa de fidelidade para o torcedor, mas eu sabia que nós perderíamos o Mineirão. Agora nós temos futuro. O que nós não podemos fazer é como se faz pelo Brasil, que é esse negócio de faz o programa e fracassa, daí faz de novo e fracassa. Por isso que não fizemos antes. Temos certeza que ele será um sucesso absoluto. Espero que se esgote em uma semana. Se esgotar até amanhã seria melhor ainda - comentou o mandatário.

O dirigente, que dispensou o setor de marketing do clube em 2008, disse que o plano vai se tornar popular por causa da força e tradição do Atlético e não apenas por causa de um grupo específico de profissionais.

- Eu coloquei no meu caderninho em 2008 que o meu prejuízo com o Marketing do Atlético era de 4 milhões de reais, então não dá, né? Marketing é isso, nós não temos equipe de marketing, mas fizemos lançamentos de camisas que foram os maiores do Brasil, fizemos lançamento de programa de fidelidade que vira, em 15 minutos, o vice-líder nos trending topics do mundo e etc. Então, eu não preciso de 13 pessoas trabalhando nisso para nós. Isso o escudo do Atlético já faz - declarou Kalil, que mencionou o fato de, em pouco tempo, o lançamento do plano alvinegro ter alcançado a vice-liderança mundial nos assuntos mais comentados no Twitter.

Kalil é o sócio nº 1

Antes mesmo do plano do sócio-torcedor alvinegro ser lançado, ele já contava com uma adesão ilustre. Segundo o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, ele exigiu ser o titular do primeiro cartão do 'Galo na Veia'.

- Eu sou o sócio número um do nosso programa de fidelidade. Foi uma exigência presidencial e absolutista - alegou.

Ainda de acordo com o dirigente, o programa não foi formulado por ele, por isso, os créditos devem ser destinados à equipe que apresentou o plano à imprensa.

- É muito legal fazer as coisas para o Atlético. Nós fazemos com muito carinho. Porém, o plano é um trabalho de uma equipe muito grande e que foi duríssimo de ser feito. Por isso, o filho é deles, eu não faço tudo, mesmo porque eu já tenho muito filho, até o Independência a impresa disse que era um filho meu - concluiu.

Bate Bola com Adriana Branco, diretora executiva do Galo

1ª - Existe a possibilidade para que novas modalidades sejam incluídas no plano posteriormente?

Nós estudamos vários programas já existentes e não cairíamos no erro de achar que o plano serviria só com o estádio, pois ele não caberia a torcida do Atlético. Então, nós pretendemos, passo a passo, conduzir esse projeto, que é novo para nós. Cada time tem as suas peculiaridades. Futuramente, podemos lançar novas modalidades. A expansão dos torcedores que vão aderir ao plano é natural.

2ª - O sócio poderá participar da parte política do clube?

O nosso estatuto não permite. Em alguns clubes têm benefício de voto. No futuro, talvez.

3ª - Quem não foi titular do cartão poderá comparecer ao estádio com o cartão de outra pessoa?

Sim. Cabe ao sócio entregar o cartão à pessoa, mas a responsabilidade sobre o cartão é do titular.