Andrés Sanchez: ‘A obra não passará de R$ 700 milhões’

O presidente corintiano Andrés Sanchez segue na Câmara Municipal de São Paulo, enquanto tenta convencer os vereadores a votarem pela aprovação do projeto de lei de isenção fiscal na Zona Leste, nesta terça-feira. À tarde, foi a vez do mandatário reafirmar que o valor da obra não chegará às últimas estimativas.

- A obra não passará de R$ 700 milhões. Mais claro que isso eu não posso ser - afirmou Sanchez, durante entrevista coletiva.

O projeto de lei deve ser votado nesta quarta-feira, entre os vereadores. Caso seja aprovado, permitirá ao Corinthians conseguir até R$ 420 milhões em impostos abatidos, fruto das vendas dos CIDs, para grupos que investirem na região de Itaquera, onde será erguido o estádio.

Na última semana, enquanto a Subcomissão da Copa do Mundo visitava o terreno onde recentemente se iniciaram as obras do futuro estádio, Andrés Sanchez já havia comentado sobre o valor limite de R$ 700 milhões. Nos últimos meses, quando a estimativa de custo da obra chegou a ultrapassar R$ 1 bilhão, outras empresas se ofereceram para realizar a construção.

Nesta terça-feira, enquanto continua o lobby pela aprovação, Andrés já ouviu os depoimentos favoráveis de José Police Neto, presidente da Câmara, e Ítalo Cardoso, líder da bancada do PT e em nome da maioria do partido.

ENTENDA O PROJETO DE INCENTIVO FISCAL AO FIELZÃO

A Lei
O projeto de Lei 288/2011, que prevê incentivos fiscais para a construção do futuro palco da Copa, é uma extensão da Lei 14.654, de 20 de dezembro de 2007, que incentiva quem investir na Zona Leste com CIDs – Luz, bairro do Centro, também se beneficia com a lei.

O que são CIDs?
Na legislação de São Paulo desde 2005 (Lei n 14.096), alterada pela Lei n 14.256, de 29/12/06), Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento foram criados para desenvolvimento da Luz.

Como se utilizam os CIDs?
São títulos emitidos pela prefeitura, no valor de até 60% dos investimentos, que poderão ser comercializados no
mercado para captar recursos. Podem ser utilizados para quitar tributos como IPTU e ISS. No caso do Fielzão, os CIDs só terão valor após construção do estádio (com a emissão de um certificado de conclusão da obra) e a realização da abertura da Copa. Se uma dessas situações não acontecer, os títulos não poderão “virar” dinheiro.

Valor do CIDs ao Fielzão?
No máximo, R$ 420 milhões.

ISS
A isenção Imposto Sobre Serviços concedida aos serviços de construção (ou reforma) foi dada pelo Governo Federal às 12 cidades-sede da Copa.