Abel promove dança da faixa de capitão no Fluminense

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A ciranda da braçadeira começou no Fluminense. Consagrado como símbolo de um time de futebol desde os tempos da bola de borracha, a figura do capitão ficará, pelo menos por hora, despersonalizada na equipe tricolor. Isso porque o técnico Abel Braga adiantou que não irá nomear um substituto fixo para o líder Fred, que está fora à serviço da Seleção. Haverá um revezamento entre os jogadores. Assim, de forma curiosa, todos e ninguém ao mesmo tempo tomarão a vaga do camisa 9.
– Quando o Fred chegar ele será o capitão, mas até lá todos terão esse privilégio e essa mesma responsabilidade – afirmou Abelão.
É mais um reflexo da carência deixada pela saída de Conca. O argentino era o herdeiro natural da faixa. Tinha uma liderança peculiar, que, de certa forma, fazia contraponto ao jeito do colega. Enquanto Fred é mais articulado, Conca costumava chamar a responsabilidade com gols e assistências. Mas falava pouco.
Domingo, no Fla-Flu, o volante Diguinho deu o pontapé inicial do rodízio das faixas. Gostou da experiência e aprovou a decisão.
– Acho que foi a primeira vez que comecei como capitão. É motivo de orgulho. Mostra que tenho liderança, uma história no clube. E acho legal dividir a responsabilidade com outros – disse o camisa 8.
Os próximos capitães já foram escolhidos, também por suas características em campo: o zagueiro Gum e o volante Edinho. Quem já está descartado é Diego Cavalieri, por decisão de Abelão, que vai na contramão de alguns dos principais clubes do país.
– O único que não usará a braçadeira é o meu camisa 1, já que não gosto de goleiros nesta posição - declarou o treinador.
Fluminense não é reality show, mas terá um líder por semana. O torcedor espera apenas que o time não fique no paredão.
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