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Abel Braga: o técnico mais querido no Internacional

Abel Braga no Inter em 2006 (Foto: Ricardo Rimoli)
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Dia 27/10/2015
21:27

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Churrascos regados à muita conversa. Amizades do roupeiro ao presidente do clube. Ovada no aniversário. Seus maiores dramas e glórias. O técnico Abel Braga terá de deixar essas memórias para trás quando cruzar o portão do Beira-Rio na próxima quarta-feira, para o jogo entre Fluminense e Internacional.

O LANCENET! foi atrás de pessoas que pudessem explicar essa indentificação tão forte do treinador com o Colorado, transcendente às margens do Rio Guaíba. A resposta veio sem rodeios, como manda a cartilha gaúcha: o jeito "Abelão" de ser e os títulos conquistados.

- O Abel é um dos caras que sabe melhor levar a vida. É amigo dos amigos e um otimista. Foi um dos técnicos mais humanos com quem já trabalhei - comentou o amigo Nobrinho, assessor de imprensa do Inter.

Os mais próximos lembram que, no dia a dia, Abelão tratava igual todas pessoas com quem convivia. Do porteiro ao presidente. Do craque ao recém-promovido da base. Trasmitia sinceridade e confiança. Além disso, era um sujeito que fazia questão de ir além dos vínculos profissionais.

- Ele virou um gaúcho. E isso não é só comigo, mas com toda a diretoria. A gente tem essa relação porque criou algo fora do futebol - disse Fernando Carvalho, ex-presidente do clube, ao lembrar dos jantares pré-jogo.

Clube já apaixonado, faltava ainda a carente torcida colorada. No mesmo ano em que quase foi demitido, Abelão foi vital para a Copa Santander Libertadores e, pouco depois, o Mundial de Clubes. Agora os gremistas não tinham mais "O diferencial" na rivalidade gaúcha.

- Não tenho a menor dúvida de que o clube do Abel é o Inter - resumiu Luís Anápio Gomes, atual vice-presidente de futebol do Inter.

O brasão riograndense defende a Liberdade, Igualdade e Humanidade. Assim como fez Abel Braga nos seus tempos de Beira-Rio. Porém, nesta quarta ele estará atrás de outro escudo. O do Fluminense.


Abel Braga foi campeão da Libertadores e mundial pelo Internacional

'Faz isso que vamos ganhar!'

Como não poderia deixar de ser, um dos principais fatores para a adoração da torcida colorada em relação a Abel Braga é o peso dele na conquista do Mundial de 2006. O modesto time do Internacional foi campeão em cima do Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, então no auge da forma. Com aquele feito, o Inter encerrava um período de muitos anos de provocação gremista.

Um dos segredos foi a capacidade do treinador de convencer o grupo de que era possível derrotar a equipe catalã. Aliás, Abelão teve de convencer não só os jogadores, mas também pessoas acima na hierarquia.

- O principal responsável por aquela conquista foi o Abel, pela estratégia que montou. Te confesso que era contra aquela esquema. Em vez de colocar o pato, eu teria lançado o Vargas no meio. Mas ele bancou essa escalação, para marcar os zagueiros do Barça com o Iarley e o Pato - disse Fernando Carvalho, presidente do Inter na época.

Com o lema "Faz o que eu estou mandando, que nós vamos ganhar" e uma excelente estratégia defensiva, o Internacional derrotou o Barcelona, após o gol de Adriano Gabirú, e pintou o mundo de vermelho.

Casos curiosos de Abelão nos tempos de Beira-Rio

Churrasco com a chefia
Abel Braga tinha o costume de organizar churrascos antes dos jogos com o presidente do clube, Fernando Carvalho. Era uma de suas maneiras de relaxar antes das partidas. A boa conversa invadia a noite.

Proteção a quem precisa
No Beira-Rio, Abelão tentava ajudar seus amigos que estivessem passando por dificuldades, como por exemplo auxiliando funcionários ou jogadores desempregados a conseguir emprego.

"Bronca" no amigo
Numa ocasião, o assessor Nobrinho estava em Bento Gonçalves numa casa de queijos e vinhos. Abel o convidou para um churrasco e, Nobrinho, já satisfeito, educadamente recusou. Abelão ficou chateado um bom tempo, até que o assessor conseguisse explicar seu lado.

Histórias dos tempos de boleiro
Abelão tinha o costume de contar seus causos como atleta. Um exemplo era dos tempos de Vasco, quando arrastava o pé no chão diante dos adversários, para intimidá-los. Ele dizia: "Se passar daqui, não volta".

Ovada em treinador?
Durante o ano de 2006, Abel Braga comandou um treino do Inter nas próprias Laranjeiras. Naquele dia era seu aniversário e os jogadores - acredite - deram uma ovada nele. A cena foi tão inusitada que assessores de imprensa do Flu na época comentaram: "Tá aí um ambiente legal".

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