‘Sou a favor da distribuição igualitária de prêmios’, diz Federer

Maior jogador de tênis da história se manifestou sobre o assunto do momento no tênis

Roger Federer treinando nos Estados Unidos.
Roger Federer em treino (Foto: Reprodução Facebook)

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Roger Federer concedeu entrevista no Miami Open, nesta quinta, e falou bastante, comentando o assunto polêmico do momento - a distribuição de prêmios entre gêneros -, o doping de Maria Sharapova e até revelando detalhes de sua lesão.

“Sou a favor de uma distribuição igual de premiação. Quanto eu estava lutando por aumentos na quantidade de dinheiro contida nos prêmios, especialmente no nível dos Grand Slams, sempre tive a consciência de que o tênis feminino iria se beneficiar, e isso deixava-me muito contente. Os prêmios aumentavam ao mesmo tempo para os dois circuitos”, disse o suíço, emitindo sua opinião sobre a polêmica lançada por Raymoond Moore, ex Diretor do Masters 1000 de Indian Wells, na qual Novak Djokovic pôr mais lenha ainda na fogueira.

No entanto, Federer é contra a radicalização dos ânimos e pediu para entenderem que podem haver discrepâncias, em caso de um torneio tradicionalmente feminino ou masculino começar uma chave do gênero que não disputava a competição local. Nesse caso, alegou Federer, é normal que haja diferença. “Tem de se ter em conta a história de cada evento e as suas origens. Alguns torneios eram apenas masculinos e depois ganharam vertente feminina, ou vice-versa, ou seja, eram femininos e nós, homens, nos juntamos.Às vezes, é difícil tornar os prêmios monetários iguais num determinado torneio. É o diretor do torneio que decide se os prémios são iguais ou não”.

SUÍÇO COMENTA 'CASO SHARAPOVA' E OPINA SOBRE O CONTROLE ANTIDOPING
Depois de se dizer contente pelo fato de o tênis “ter ‘produzido’ algumas das melhores atletas femininas do mundo”, complementando que “isso é ótimo e a igualdade nas premiações é uma coisa boa”, o maior campeão de Grand Slams também comentou o caso de doping de Maria Sharapova, revelando que pensava que a coletiva por ela convocada seria para anunciar a aposentadoria.

“Fiquei muito surpreso. Pensei que ela [Maria Sharapova] ia anunciar o final da sua carreira ou algo assim, portanto fui bastante surpreendido pelas notícias”, afirmou. “Mas também acho que mostra que os jogadores famosos também podem ser pegos pelo sistema, que parece estar funcionando”.

Em seguida, Federer elogiou a melhoria no sistema antidoping, mas salientou que mais controles devem ser feitos, exemplificando com seu próprio caso: quando está na suíça, relatou, é sempre testado porque ‘um dos fiscais vive perto dele’; em Dubai, local onde mora há dez anos, por outro lado, foi testado apenas uma vez em toda sua estada nos Emirados Árabes. Além disso, defendeu a estocagem de sangue para avaliação a longo prazo.

“O tênis está melhorando muito em relação ao passado, ficando mais profissional. O programa [anti-doping] está maior e mais forte, mas mais testes podem sempre ser feitos. Estou em Dubai há dez anos e só me testaram uma vez. Para mim, [essa quantidade] não é suficiente. Na Suíça, fazem-me mais testes porque um dos controladores vive perto de mim. Veio me ver depois da cirurgia e uma semana depois. Nos Emirados Árabes, só o fizeram uma vez, durante os Jogos Asiáticos. Acho que, em certos países, os testes não são tão sérios quanto na Suíça. Gostaria que houvessem mais e fossem iguais em todos os países.”

“Continuo defendendo a opinião de que devíamos guardar as amostras de sangue durante 10 anos e [se as análises acusarem alguma substância proibida] acusar os jogadores mais tarde”.

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