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Igor Marcondes se afasta do circuito após infringir programa antidoping

Tenista é recorrente em infração antidoping e foi suspenso em 2018 por uso de substância proibida

Igor Marcondes
imagem cameraLuiz Candido / Luz Press
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Lance!
Blumenaeu
Dia 03/02/2022
21:28

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O paulista Igor Marcondes, 5º do Brasil e 272º do mundo, acaba de anunciar que optou por se afastar do circuito profissional de tênis para trabalhar em sua defesa de uma acusação de violação do programa antidoping. Marcondes é reincidente.

De acordo com o que relatou o tenista nas redes sociais, logo após ser campeão no Challenger de Blumenau, em Santa Catarina, na segunda semana do ano, Marcondes recebeu a comunicação da Federação Internacional de Tênis (ITF) informando que pelo fato de ter tido problemas com sua localização para realização de testes antidoping em três oportunidades durante a temporada 2021, e, portanto, seria investigado por violação do programa antidopagem da federação internacional.

O Programa de Controle Antidoping do tênis determina que durante todas as 52 semanas do ano, os atletas mantenham as informações sobre sua localização atualizadas no sistema e que toda e qualquer viagem, mesmo que urgente e não planejada seja informada. A localização dos atletas é necessária dentro do período de competição, pré-temporada e mesmo férias, porque qualquer atleta profissional pode ser sorteado para a realização de testes de urina e sangue no decorrer do ano. Caso o atleta não seja sorteado em competição, uma equipe de técnicos do programa antidoping vai até o tenista, de acordo com a localização do sistema, para a recolha dos materiais.

Não estar no local indicado no sistema consta como a "não presença proposital em um teste antidoping", violando as normas de condutas e responsabilidades dos atletas determinadas no Programa (tópico 1.3.2) e decaindo na violação 2.3, que termina como violação: "Um jogador fugindo da coleta de amostras; ou recusando ou deixando de se submeter a aoleta de amostra sem justificativa convincente após notificação por uma pessoa devidamente autorizada".

Caso o atleta recorra em outras duas situações semelhantes em um curto espaço de tempo, o caso passa a ser investigado como violação do programa antidoping, que pode gerar uma punição de até 2 anos.

O caso do brasileiro é semelhante ao enfrentado pela francesa Alizé Cornet, que em 2018 acabou absolvida ao conseguir provar porque não estava em sua casa, mas três oportunidades em que a equipe do programa a procurou para realizar os exames.

Esta não é a primeira vez que Marcondes é processado por violação do Programa Antidoping.

Recorrente

Em 2018, aos 17 anos, o tenista teve o diurético hidroclorotiazida detectada em uma amostra de urina e em sua defesa, o atleta alegou 'contaminação cruzada em farmácia de manipulação", a defesa foi aceita, mas Marcondes foi punido em 9 meses de suspensão.

Confira o comunicado do tenista:

"Venho informar que após o ATP Challenger de Blumenau no início de janeiro passado recebi um comunicado oficial da ITF [Federação Internacional de Tênis] referindo que havia cometido uma potencial violação ao Programa Antidopagem, por problemas decorrentes da minha localização em 3 (três) situações no ano de 2021.
Por se tratar de um assunto delicado e importante, decidi procurar ajuda profissional e me afastar temporariamente do circuito internacional para me dedicar à defesa da melhor maneira possível perante à ITF.
Finalizando agradecendo o apoio recebido e informo que me dedicarei ao máximo para voltar o mais breve possível (sic)".

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