Em crescimento, Indian Wells pressiona para virar categoria especial

Torneio tem estrutura maior que a de três dos quatro Grand Slams do circuito

Djoko deu o troco na final de Indian Wells em 2015 ao vencer Roger Federer
Djokovic bateu Federer na final do torneio em 2015 (Foto: Matthew Stockman/Getty Images/AFP)

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Ser um Masters 1000 já não é suficiente para a organização do torneio de Indian Wells. Com um grande crescimento a cada ano que passa, os organizadores pressionam a ATP para incluir uma nova categoria no calendário, a partir de 2019.

Denominado por muitos como '5º Grand Slam do ano' devido às amplas instalações e ao espetáculo que oferece ao longo de seus onze dias de duração, o evento norte-americano sonha com a sua própria categoria - e tem companhia de peso.

Em entrevista à jornalista Carole Bouchard, o diretor do torneio, Ray Moore, confirmou que a organização deseja que a ATP crie uma nova categoria de torneios: “Já falamos com a ATP sobre isso. Estamos muito interessados em ter uma categoria diferente para podermos distribuir mais pontos e oferecer mais premiação aos jogadores”.

A categoria, possivelmente denominada de Super Masters, seria localizada entre os Masters 1000 (1000 pontos) e os torneios do Grand Slam (2000).

Com 29 quadras de tênis, o Indian Wells Tennis Garden teve um custo total de 77 milhões de dólares e conta com o segundo maior estádio do mundo (a quadra central tem capacidade para 16.000 espectadores, sendo superado apenas pelo Arthur Ashe Stadium, maior quadra do US Open, que acomoda quase 24.000 pessoas), acolhendo mais de 450.000 pessoas ao longo das duas semanas de competição, razões suficientemente fortes para endossar o desejo do torneio, no entender da organização. Moore explica:“[A mudança] Poderia acontecer já em 2019. Antes não, porque o sistema [de ATP e WTA] está definido até 2018, portanto nos próximos dois anos a ATP e a WTA vão discutir um novo formato e talvez novas categorias. E, com isso, talvez pudéssemos fazer chaves de 128 jogadores. Neste momento, temos 96.”

As instalações de luxo de Indian Wells, que fica localizado no Coachella Valley, são quase únicas. O diretor do torneio alega e explica o porquê de poder sediar um Grand Slam no local, se assim lhe fosse permitido. “Podíamos ser um torneio do Grand Slam; temos as condições e o espaço necessários, e, em termos de terreno, temos o dobro de Wimbledon, Roland Garros e Australian Open. Mas estamos muito felizes como e onde estamos e sempre à procura de melhorar. No próximo ano, vamos melhorar muito o Estádio 1 e no ano seguinte vamos construir o Estádio 3. O ténis é um desporto global e com um grande potencial de crescimento e muitas oportunidades”, finalizou.

Por trás do torneio e dos custos do mesmo está Larry Ellison, CEO e co-fundador da Oracle (uma empresa especializada em tecnologia), que comprou o BNP Paribas Open, nome oficial da competição, em dezembro de 2009.

Além de Indian Wells, o torneio de Xangai, na China, outro Masters 1000, está interessado na criação de uma outra categoria, por entender estar num patamar distante da maioria dos restantes torneios.

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