Técnico do Água Santa fala de estreia no Morumbi e avisa: ‘Objetivo é não cair’

Campeão da Série A2 do ano passado com o Santo André, Fernando Marchiori valoriza mescla entre atletas rodados e novatos e projeta o Paulistão em entrevista ao LANCE!

Fernando Marchiori - Água Santa
Marchiori comemora o título da Série A2 de 2019, conquistado com o Santo André - FOTO: Divulgação

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A tabela do Campeonato Paulista reservou uma missão ingrata ao Água Santa: estrear logo contra um dos grandes do estado, o São Paulo, e fora de casa, no Morumbi, a partir das 21h30 desta quarta-feira. O técnico Fernando Marchiori diz que nem o fato de sua equipe ter iniciado a pré-temporada no dia 2 de janeiro, enquanto o Tricolor voltou aos trabalhos no dia 8, tira o favoritismo de Daniel Alves, Hernanes e companhia.

- O fato de o São Paulo ter mudado muito pouco pesa a favor deles. Eles sabem do que o Fernando Diniz gosta, têm um lastro de jogo. Nós nos apresentamos dia 2. Só cinco ou seis jogadores que já tinham contrato com o clube e estavam treinando desde antes, mas a base mesmo foi montada dia 2. Você acaba tendo uma dificuldade extra - disse o técnico, campeão da Série A2 do ano passado com o Santo André, em entrevista ao LANCE!.

O discurso do Água Santa é humilde, tanto que Marchiori faz questão de dizer que o objetivo é se manter na elite estadual - terceira colocada da A2 do ano passado, atrás de Inter de Limeira e Santo André, a equipe herdou uma vaga extra devido à fusão de Red Bull e Bragantino, que já estavam na A1. Apesar disso, o comandante exalta o elenco montado pela diretoria do clube, que tem o ex-jogador Marcos Assunção como homem forte.

- Claro que a primeira ideia é a permanência, se consolidar na primeira. Se conseguir uma classificação para uma competição de cenário nacional seria importante, mas o foco é a permanência. Nós tentamos buscar jogadores dentro de determinado perfil, temos um banco de dados grande, mas tivemos um probleminha, que foi a situação da vaga. Demorou um pouco para ter a confirmação de que jogaríamos a Série A1. E tem a questão do calendário também, porque só temos o Paulista garantido. São três, quatro meses só. Muitos jogadores querem o calendário cheio para ter estabilidade, têm filhos na escola... Mas dentro disso conseguimos bons jogadores.

As caras mais conhecidas do Água Santa são Fabrício, ex-Inter e Palmeiras, João Vitor, ex-Palmeiras, Felipe Azevedo, ex-Ponte Preta, e Luis Ricardo, ex-São Paulo. Outros atletas rodados são Pio, Walisson Maia, Robinho (ex-Fluminense) e Giovanni (goleiro ex-Atlético-MG).

O time que inicia a competição terá Thomazella, Luis Ricardo (Jonathan), Walisson Maia, Naylhor (Andrés) e Peri (Bruno Costa); Wellington Reis, Pio, Marquinhos e Felipe Azevedo; Dinei e Robinho.

- A diretoria foi fantástica, construiu outra arquibancada, fez melhorias no vestiário... Procurou melhorar todos os seguimentos do nosso estádio para receber bem o público, para o clube mostrar que quer ficar na elite e ir crescendo. Contra o Corinthians nós vamos jogar aqui. Teve todo um esforço para as reformas, para as contratações, também fomos sede da Copinha... O Marcos Assunção é um profissional e ser humano fantástico, um cara do bem. Trabalhamos sempre em conjunto, é muito bacana. Ele tem uma vasta experiência, um vasto conhecimento e nos agrega muito - explicou Marchiori, que também se apresentou ao público ao contar sua trajetória:

- Sou um ex-atleta. Tive passagem por Paraná, Juventude, Barbarense, Mogi Mirim, Juventus... Estive na Espanha, França e Bélgica, tive uma convocação para a Seleção Sub-20. Comecei como treinador na Seleção Brasileira da Comunidade Judaica. Fui auxiliar-técnico do Luverdense, onde conquistamos o acesso para a Série B em 2013. Em 2014, fizemos boa Série B e chegamos até a quarta fase da Copa do Brasil, inclusive ganhando do Corinthians no jogo em Lucas do Rio Verde. Em 2015, comecei como treinador no Cuiabá. Fomos campeões mato-grossenses e campeões da Copa Verde em 2015, um título histórico, que proporcionou que um time do estado jogasse pela primeira vez uma competição internacional, a Copa Sul-Americana. No segundo semestre fui para o Maringá, onde fomos campeões da Copa Paraná, que dava calendário para a Série D. Voltei para o Cuiabá em 2016, cheguei na semi do Estadual e tive um problema de família que fez com que eu me desligasse e ficasse um tempo afastado. Em meados de 2016 o pessoal do Maringá me ofereceu um contrato de dois anos para fazer uma reestruturação. Em 2017 fomos campeões da Segunda Divisão Paranaense e bicampeões da Copa Paraná. Em 2018 ficamos em quarto ou quinto no Paranaense e pela primeira vez na história o clube passou para a segunda fase da Série D. Foi aí que o pessoal do Santo André me abriu as portas e tive a felicidade de ser campeão da Série A2 em 2019. Posteriormente vim para o Água Santa e esperamos fazer um grande campeonato.

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