Para fechar contas de fim de ano, São Paulo pede R$ 25 milhões a bancos

Em crise financeira, diretoria do Tricolor recorre a Bradesco e obtém R$ 7 milhões em primeira mão. Dinheiro deve ser usado para honrar compromissos próximos

HOME - Entrevista coletiva no São Paulo - Leco (Foto: Marcello Zambrana/AGIF/LANCE!Press)
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, tenta tirar São Paulo da crise (Foto: Marcello Zambrana/AGIF/LANCE!Press)

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A crise do São Paulo não é só dentro de campo, após a derrota de 6 a 1 para o rival Corinthians. Fora, a nova diretoria continua tentando aliviar os problemas financeiros e recorreu a bancos para conseguir respirar neste fim de ano. O LANCE! apurou que a diretoria financeira pediu empréstimo de R$ 25 milhões ao Bradesco nos últimos dias. Mas, num primeiro momento, o banco só aceitou ceder R$ 7 milhões.

De acordo com o apurado pela reportagem, R$ 25 milhões seriam o quanto o clube precisa para arcar com as despesas do fim do ano. Inclui-se aí pagamento da folha salarial (cerca de R$ 5 milhões/mês apenas com salário do profissional) e todos os encargos trabalhistas, como 13º e férias dos atletas, além de todos os funcionários da instituição, hoje em torno de 900. O clube hoje possui R$ 5 milhões em caixa, ainda fruto da cota de direito de transmissão do Campeonato Paulista-2016, de R$ 17 milhões pagos pela TV Globo.

O São Paulo confirma o valor pedido, bem como o montante recebido do Bradesco, mas faz algumas ressalvas. Por meio de assessoria de imprensa, o clube informou que há outras negociações mais avançadas inclusive com o próprio Bradesco para novos aportes e que os R$ 25 milhões não são somente para pagamento de contas de fim do ano.


Vale lembrar que a divida bancária do Tricolor está na casa dos R$ 150 milhões e geram gastos de R$ 8 milhões mensais por amortização. Se incluir os débitos fiscais, o montante devido pelo clube está na casa dos R$ 280 milhões atualmente.

A nova diretoria, nomeada pelo presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, tomou posse no último dia 5. Leco assumiu com a renúncia de Carlos Miguel Aidar, em outubro, após denúncias de corrupção, e escolheu o empresário Adilson Alves Martins como diretor financeiro. O objetivo é diminuir a dívida construída pelas últimas gestões e o mandatário se diz confiante em conseguir.

Leco ainda conta com o apoio do empresário bilionário Abilio Diniz, torcedor fanático do Tricolor. No entanto, mandou embora nos últimos dias o executivo Alexandre Bourgeois, que tinha um plano de gestão profissional cujo principal objetivo era aliviar a crise financeira. Bourgeois foi demitido pela segunda vez do clube em três meses e se disse traído ao sair.

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