Justificar contraste entre Brasileirão e copas pode ser fator motivacional para São Paulo contra o Flamengo

Heroico no mata-mata, Tricolor sofre mais do que deveria nos pontos corridos... <br>E desempenho ruim pode atrapalhar os planos de Ceni nas eliminatórias

Rogerio Ceni e Rodrigo Nestor - São Paulo
(Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

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Quando receber o Flamengo às 21h30 (de Brasília) desta quarta-feira (24), para o jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, o São Paulo inicia pela terceira vez desde junho a sua 'aposta máxima' da temporada, que é chegar à Copa Libertadores por meio dos torneios mata-mata.


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Desde que disputou as oitavas de final contra o rival Palmeiras, o Tricolor tem vivido o contraste entre empolgar a torcida nas eliminatórias e apresentar um desempenho que beira o medíocre no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Competição que era tratada por Ceni como a prioridade na temporada.

Mas até que ponto as classificações podem fazer a equipe do Morumbi superar o risco no Brasileirão? É o que Ceni e seus comandados começarão a colocar em prova, mais uma vez. Na 12ª posição da tabela, com 29 pontos, só seis de diferença para a zona de rebaixamento, o funil apertou mais ainda do que quando o Tricolor decidiu a série ante o Palmeiras.

O São Paulo não ganha dois jogos seguidos pela principal competição nacional há um ano. E a campanha de 2022 segue sendo uma das piores da história do clube em toda a história dos pontos corridos: com o recorde de empates, a menor quantidade de vitórias (seis, ao lado de 2005, 2017 e 2021), a quinta pior defesa, com 28 gols sofridos
(atrás de 2005, 2017, 2013 e 2010) e o sétimo pior ataque, com 31 gols sofridos.

Empurrado pela torcida no Morumbi, o segredo são-paulino nas copas passa prioritariamente por garantir o resultado em casa. Foi assim contra Palmeiras, Ceará e América-MG, quando a equipe abriu os mata-mata em casa e saiu com vantagem de 1 a 0. Nas voltas, contudo, o sofrimento foi grande. Duas classificações nos pênaltis e um empate em Belo Horizonte (MG).

Desempenho que se repete no Brasileirão. Em seus 14 últimos compromissos fora de casa pelo Brasileiro, o São Paulo levou gols em 13, sendo vazado por um total de 20 vezes. Já o ataque produziu apenas 11 gols (três deles contra o Internacional), passando seis jogos sem marcar. Nas 22 últimas partidas como visitante pela competição, o Tricolor tem apenas duas vitórias, que, somadas aos 11 empates e nove derrotas, geram um aproveitamento de apenas 25,8% dos pontos disputados.

Ninguém jogou tanto quanto o São Paulo na temporada: 57 vezes. Único ao lado do próprio Flamengo a estar vivo em todas as frentes de disputa, o Tricolor quebra seu próprio recorde de mais de 30 anos de poder entrar em campo em todas as oportunidades possíveis no ano.

Isso interfere diretamente na minutagem do elenco em campo. Ceni vem escalando mistões nas partidas do Brasileirão, mas colocando os titulares em campo nos segundos tempos. Outros, como o meia argentino Galoppo, contratação mais cara da história tricolor, único reforço que pode atuar em todas as competições restantes da equipe, estão sendo preteridos.

Coisas de um treinador que busca encontrar um equilíbrio verdadeiro em busca do sonho de uma torcida que sonha com o grito de campeão. Mas que não seja rebaixada para isso.

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