Grupo de Casares cobra profissionalização e maior controle do orçamento no São Paulo
A reportagem teve acesso ao documento completo

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O grupo de aliados de Julio Casares emitiu um manifesto em resposta a alguns conselheiros do São Paulo. Nos últimos dias, a parte política do clube se movimentou bastante, tanto entre os aliados quanto na oposição.
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O grupo político Participação, que integra a base de apoio ao presidente Julio Casares, divulgou um manifesto direcionado à comunidade são-paulina e aos demais conselheiros do clube. No documento, alguns pontos foram destacados, como a saúde financeira do time e a defesa de que a profissionalização alcance todas as áreas da instituição.
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O grupo também ressaltou a necessidade de elaborar o plano orçamentário para a próxima temporada com cautela, defendendo uma atuação mais rígida na fiscalização. A transparência igualmente foi citada no texto.
Politicamente, o grupo começa a apresentar sinais de racha. Vale destacar que os movimentos das partes devem ficar ainda mais intensos pensando em 2026, ano eleitoral. Recentemente, Carlos Belmonte, Nelsinho e Chapecó, antes dirigentes da chapa de Casares, deixaram seus cargos. Enquanto isso, figuras como Marcio Carlomagno passaram a ganhar mais espaço.
Nos bastidores, o manifesto também expõe sinais claros de divisão interna dentro do próprio grupo Participação, incluindo movimentações envolvendo Vinicius Pinotti.

Veja o comunicado do grupo de Casares na íntegra
O Grupo Participação, que integra a base política de Julio Casares no São Paulo, divulgou um manifesto à comunidade são-paulina expressando preocupação com a situação financeira e esportiva do clube. No documento, os conselheiros reforçam que sua atuação é exclusiva em prol do São Paulo, sem interesses individuais, e defendem que a profissionalização já implantada em algumas áreas precisa finalmente alcançar a totalidade da estrutura tricolor.
Segundo o grupo, os resultados esportivos, que haviam sido positivos no início da gestão, tornaram-se preocupantes ao longo da temporada, exigindo intervenções imediatas e foco total no planejamento de 2026. A parte financeira também é motivo de alerta. Apesar do crescimento das receitas, a escalada das despesas exposta em reuniões do Conselho Deliberativo tem pressionado o caixa do clube, especialmente porque as receitas com patrocínios, venda de jogadores e exploração do estádio não têm sido suficientes para conter essa alta.
O Participação defende uma postura firme e responsável de todos os segmentos — futebol, administração e clube social — para que atuem na mesma sintonia e com responsabilidade financeira. Para o grupo, é essencial que o próximo orçamento seja elaborado de forma técnica, com participação direta de todas as áreas e cumprimento rigoroso após sua aprovação pelo Conselho Deliberativo. Eles afirmam que a fiscalização será prioridade, especialmente após anos em que, segundo o texto, descumprimentos afetaram diretamente as finanças do clube.
O manifesto também destaca que, por se tratar do último ano da atual gestão e de um período eleitoral, é fundamental evitar que 2025 seja perdido. A meta é que o São Paulo chegue ao fim de 2026 em situação estável ou melhor do que a atual, garantindo tranquilidade para a próxima administração. O grupo cobra ações imediatas do presidente e seus executivos para recuperar desempenho esportivo e financeiro, com mais transparência e demonstrações claras de melhora.
Por fim, o Participação afirma estar à disposição para colaborar com alternativas que reforcem a estabilidade institucional do clube. O grupo reconhece avanços e dificuldades, menciona que decisões importantes poderiam ter sido tomadas, mas reforça que seguirá lutando pela saúde administrativa do São Paulo, sempre colocando o clube acima de qualquer interesse. O manifesto é assinado pela coordenação do Grupo Participação e datado de 2 de dezembro de 2025.
Conselheiros da oposição emitiram documento pedindo a renúncia de Casares
Na última semana, alguns conselheiros da oposição emitiram um documento pedindo a renúncia do presidente Julio Casares.
No documento, entre os argumentos pedindo a saída de Casares, estão pontos como a situação do clube, questões relacionadas a vendas de atletas de Cotia e a acusação de tentativas de promover mudanças estatutárias. O Lance! apurou que o documento chegou a 45 assinaturas.
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